Meio Ambiente
Queimadas têm acréscimo de 40,77% no Piauí
De janeiro a dezembro deste ano, o Piauí registrou 6.673 focos de queimadas, conforme o balanço do
Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (Inpe) divulgado ontem (28). O número representa um
aumento de 40,77% das queimadas registradas no ano passado que contabilizou 3.952 focos.
O uso do fogo é uma prática recorrente para a renovação de pastagens e para a liberação de novas
áreas para a agropecuária. No entanto, essas práticas requerem controle e manejo do fogo para a abertura de pastos e áreas agrícolas. Segundo o analista ambiental e coordenador do Prevfogo do Ibama,
Edmilson Rodrigues, as queimadas são caracterizados pelo fogo descontrolado, que consome grandes
ou pequenas áreas com vegetação nativa. “Eles costumam ocorrer em maior número durante o período
de seca, de maio a setembro”, pontua.
A queimada e o desmatamento de grandes áreas fora da estação, por fazendeiros, posseiros para promover agricultura e pastagens são as maiores ameaças aos ecossistemas do cerrado. No Piauí, a baixa umidade relativa do ar, somado a velocidade dos ventos e período de estiagem são ingredientes
perfeitos para um iminente perigo que são as queimadas.
Entretanto, as queimadas feitas pelos agricultores familiares devem obedecer às leis ambientais e regras de manejo correto. “O Ibama disponibiliza uma cartilha informativa para orientar sobre os riscos de
incêndios e formas corretas de atear fogo, para que esse crime contra a flora e a fauna não se repita. Os animais que fogem dos incêndios migram para outros lugares, provocando desequilíbrio entre as espécies”, alerta o analista ambiental.
Fonte: O DIA/PI