Meio Ambiente

Portal filiado às organizações Globo diz que Piauí é quase um deserto

Com o título “Piauí já é quase um deserto”, o Portal de notícias EPTV, da emissora EP filiado as organizações Globo, que atua em municípios do interior de São Paulo e Minas Gerais, divulgou reportagem sobre a situação da desertificação no Piauí. A matéria traz uma entrevista com o professor-doutor Adeodato Salviano, da Universidade Federal do Piauí (UFPI).

  
Veja a íntegra do texto:

Piauí já é quase um deserto

Um dos mais graves problemas ambientais da região Nordeste, a desertificação, será um dos temas em discussão no II Eco Piauí, encontro que começa na próxima quinta e termina sexta, em Teresina. No caso do Piauí, as áreas susceptíveis à desertificação (ASDs) abrangem 173 dos 224 municípios do Estado.

O evento, promovido pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) e pelo Sindicato dos Engenheiros do Estado do Piauí (Senge/PI), faz parte do projeto Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento. “A questão ambiental é parte fundamental do nosso projeto, tendo em vista que esse defende o desenvolvimento de forma sustentável”, afirma o presidente da FNE, Murilo Pinheiro.

Na sexta-feira, data que é considerada pela ONU como o Dia Mundial de Combate à Desertificação, o professor-doutor Adeodato Salviano, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), apresentará novos dados sobre a desertificação na região próxima a Gilbués, município no Sul do Estado do Piauí. Uma das áreas afetadas pelo processo de degradação do solo, segundo o especialista, equivale a aproximadamente 800 mil hectares, e abrange 22 municípios (além de Gilbués).

Salviano acredita que a degradação do solo pode ser revertida e, ao contrário do que muitos pensam, “não é um processo oneroso”. “Nossa intenção é mostrar que o processo grave de desertificação pode ser revertido. Para isso, são necessários mais investimentos na área para que os projetos prossigam. "

Queremos sensibilizar os gestores e a sociedade local sobre a importância do combate à desertificação. As comunidades ainda encaram o problema apenas como um processo natural”, ressalta.

Fonte: Portal AZ