Cultura

O pequeno fantástico: garoto de oito anos já escreveu sete livros

Raison Cauã Rodrigues Gomes, 08 anos, o pequeno fantástico da literatura piauiense, já escreveu sete livros e leu mais de mil.

Aluno dedicado e admirado por colegas e professores da Escola Municipal professor Marcílio Rangel, localizada na Vila Santa Barbara, zona leste de Teresina onde estuda o 3º ano do ensino fundamental.

Garoto simples de família humilde e trabalhadora, desde cedo demostrou o seu amor pelos livros e pela leitura em geral, seus primeiros contatos foram com os gibis da “Turma da Mônica” o que abriu caminho para outras leituras e fez nasceu o amor pelas letras.

Aos cinco anos escreveu seu primeiro livro, “A flor preferida” no qual descreve um mundo mágico, com fadas, bruxas, rainhas, princesa e castelo, foi a sua gênese na produção literária. Depois vieram outras obras: A creche, A turma do vampirinho, uma homenagem ao meu ídolo, A professora, Sapo Zé e Família de Gatos. Ao todo sete livros.


Já participou do Salão do Livro do Piauí, SALIPI e do Salão do Livro de Valença, SALIVA , mas ainda não teve nenhum de seus livros publicado.


Filho amado de Maria dos Reis Rodrigues dos Santos e José Reis Alves Pereira, enche os pais de orgulho e satisfação.

“Gosto de ler gibis da turma da Mônica, contos bíblicos e qualquer estória infantil. Já li todos os clássicos de Disney, nem sei ao certo quantos, mas já li mais de mil livros.” Comenta.

Estuda em escolas públicas municipais desde a CMEI Madre Teresa de Calcutá até agora na Escola Municipal Marcilio Rangel, há quatro anos é dirigida pelo professor Washington Cavalcante que juntamente com sua equipe gestora tem focado na qualidade do ensino e na valorização dos talentos individuais dos alunos, primando assim pelo desenvolvimento de suas habilidades.

A primeira professora de Cauã na escola Marcílio Rangel quando o mesmo chegou matriculado no primeiro ano foi a jovem professora Lorena Oliveira que fala cheia de orgulho do pupilo, “Ele já chegou à escola alfabetizado e quando começamos a desenvolver a produção inicial de texto, percebi que os textos dele eram diferentes, cheguei a pensar que fosse alguém da família e passei então a propor a produção para sala de aula e para minha felicidade descobri que os textos eram realmente escritos por ele.”

Lorena afirma que ficou encantada quando no final do ano letivo foi surpreendida quando o pequeno Cauã lhe presenteou com um livro de sua autoria, falando sobre os momentos vividos na escola.

Outra mestra que fala cheia de orgulho de seu pequeno discípulo é a atual professora do terceiro ano, Suzana Rodrigues, que em meio a um sorriso largo afirma “Cauã já produz muito bem, sua dificuldade inicial era apenas a ortografia, mas dentro de nossa programação e com muita leitura, está melhorando dia a dia”.

Devemos compreender que o aluno possui potencial próprio, mas sem dúvida o incentivo da escola a leitura e a produção textual favorecem o desabrochar da capacidade cognitiva e associada ao apoio e participação da família tem sido ingredientes importantíssimos para a construção de “um pequeno notável”

Para Cauã o melhor presente é um livro e segundo ele quando acessa a internet busca sempre leituras de histórias que ainda não leu nos livros, preferencialmente a “Turma da Mônica Jovem.”

Muitos alunos da escola foram influenciados pelo gosto de Cauã pela leitura e outros já começam a despertar para a literatura.

Os familiares, professores, colegas e principalmente Cauã então ansiosos pela publicação de seu primeiro livro “O Sapo Zé” que acontecerá no ano de 2016, pela editora Nova Aliança.

 Escola Pública pode produzir mais “notáveis” basta associar responsabilidade, vontade e compromisso. Pois possui professores qualificados e comprometidos e crianças ansiosas por aprender e produzir.

Que Cauã e suas professoras sirvam de inspiração para outros alunos e professores, que a cada dia a escola publica de Teresina e do Piauí se torne um celeiro de produção de pequenos fantásticos, na literatura, na matemática e principalmente na formação de cidadãos plenos em seus direitos e deveres.

Fonte: Redação do Portal RG