Cultura

Museu libera entradas gratuitas durante período de obras


A pintura "Painéis de São Vicente", de Nuno Gonçalves, uma das mais procuradas pelos visitantes do museu (ARQUIVO)


 Em comunicado, o Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA) indica que as salas de Pintura e Escultura Portuguesas, Mobiliário Português, Ourivesaria e Joalharia, Cerâmica e Arte da Expansão estarão encerradas a partir de 15 de março, reabrindo ao público no dia 05 de abril.

A pintura "Painéis de São Vicente", de Nuno Gonçalves, uma das mais procuradas pelos visitantes do museu, está patente na sala 55, do piso 1, na área tradicionalmente dedicada à pintura europeia, a meio caminho da obra convidada, "A via di Ripetta em Roma", de Bernardo Bellotto, sobrinho e aluno de Canaletto.

O MNAA manterá abertos, no piso 1, a Galeria de Pintura Europeia e as salas de Artes Decorativas Francesas, assim como todas as exposições temporárias patentes.

Da mesma forma, vai manter em exposição a pintura "A Adoração dos Magos", de Domingos Sequeira, no âmbito da campanha de subscrição pública que o MNAA está a promover para a sua aquisição, e que angariou, até ao momento 218 mil euros, sendo o valor total de venda da obra 600 mil.

Também a loja, o restaurante e o jardim do museu irão permanecer abertos.

Ainda segundo o MNAA, durante o período anunciado, a entrada será gratuita, exceto na exposição "Coleção Masaveu. Grandes Mestres da Pintura Espanhola: Greco, Zurbarán, Goya, Sorolla".

As obras de requalificação do terceiro piso do Museu de Arte Antiga foram iniciadas em janeiro deste ano e o objetivo é reabrir em maio, com uma nova e maior exposição permanente das coleções de pintura e escultura portuguesas.

A remodelação das salas de pintura e escultura portuguesas deverá alargar a exposição permanente em uma centena de obras significativas, para cerca de 300 destas peças do acervo do museu.

Criado em 1884, o MNAA acolhe a mais relevante coleção pública de arte antiga do país, desde pintura, escultura, artes decorativas portuguesas, europeias e da Expansão Marítima Portuguesa, desde a Idade Média até ao século XIX, incluindo o maior número de obras classificadas como tesouros nacionais.

Além dos Painéis de São Vicente, o acervo integra ainda, entre outros tesouros, a Custódia de Belém, de Gil Vicente, datada de 1506, mandada lavrar por D. Manuel I, os Biombos Namban, do final do século XVI, que registam a presença dos portugueses no Japão.

Hieronymus Bosch, Piero della Francesa, Hans Holbein, o velho, Pieter Brueghel, o jovem, Lucas Cranach, Albrecht Dürer, Jan Steen, van Dyck, Murillo, Ribera, Nicolas Poussin, Tiepolo, Fragonard, Giordano são alguns dos mestres europeus representados na coleção do MNAA.

Fonte: Jornal De Notícias