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Europa anuncia reunião com o Irã sobre acordo nuclear

Os ministros das Relações Exteriores da França, Alemanha e Reino Unido se reunirão com representantes iranianos na próxima segunda-feira, informou o governo francês, depois que o presidente Donald Trump retirou os Estados Unidos do acordo nuclear com o Irã.

 

Donald Trump (Foto: Kevin Lamarque/Reuters)
Donald Trump (Foto: Kevin Lamarque/Reuters)

 

"Vou me reunir com meus colegas britânico e alemão na segunda-feira, e também com representantes do Irã, para considerar toda a situação", declarou o ministro francês Jean-Yves Le Drian à rádio RTL. "Os iranianos devem seguir determinados a permanecer no acordo em troca de ajudas econômicas que os europeus vão tentar preservar", disse Le Drian.

Os três países assinaram o acordo em 2015, ao lado do Irã, Estados Unidos, China e Rússia.

O presidente francês, Emmanuel Macron, conversará nesta quarta por telefone com o colega iraniano Hassan Rohani para informar que a França deseja "manter o acordo" e pedir que faça o mesmo, completou o chanceler.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça a retirada de seu país do acordo nuclear iraniano e a retomada imediata das sanções econômicas contra Teerã, uma decisão condenada por seus aliados europeus e elogiada por Israel e Arábia Saudita. Veja repercussão.

O acordo limita o programa nuclear de Teerã em troca do levantamento de sanções, mas, segundo Trump, é "desastroso" e não cumpre seu objetivo de o Irã não conseguir a bomba atômica.

Com ou sem Washington, Paris, Berlim e Londres pretendem prosseguir com os esforços para preservar o texto negociado com Teerã, que pretende garantir o caráter não militar de seu programa nuclear, além de evitar uma escalada na região.

A China pediu nesta quarta a manutenção do acordo e lamentou a decisão dos EUA. A China, um dos signatários do acordo de 2015, "pede a todas as partes que atuem de forma responsável para retornar o mais rápido possível ao respeito a um acordo que contribui para preservar a paz no Oriente Médio", afirmou Geng Shuang, porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores.

Fonte: G1