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De olho em LAN: Um guia para o Rift Rivals

Caçador brasileiro que atua em LAN, Leozuxo crava que a selva será a diferença no RR.

De olho em LAN: Um guia para o Rift Rivals

Nem sempre conhecemos tão bem os nossos vizinhos e o que eles fazem em sua casa. Apesar de equipes brasileiras enfrentaren LAN e LAS desde 2013, muitas coisas mudam de Etapa a Etapa: jogadores, equipes, meta, etc.

Mas o que os nossos hermanos não esperavam é que enviássemos espiões para lá.

“Na verdade quem me convidou pra ir para a América Latina foi o Tierwulf, ex-caçador da BigGods” – Leozuxo.

Bom, agora que ele estragou a surpresa, pegamos um tempo do atual Caçador da Infinity eSports, terceira colocada na Copa Latinoamerica Norte (CLN), para falar sobre os adversários do Norte no Rift Rivals. Ex-INTZ Red, Leozuxo passou por LAS até chegar em LAN, e ainda coloca o Brasil na frente dos vizinhos em questões de nível de jogo.


 “Eu sempre tive uma mentalidade voltada a melhorar o meu jogo, mas sofri um pouco no meu começo no Brasil (em 2015, pela INTZ Red) pela inexperiência no competitivo”, diz Leozuxo. O brasileiro ficou muito amigo de Tierwulf, Caçador chileno da BigGods na Primeira Etapa de 2016, e foi ele quem fez a ponte para Leo ir para a KLG no final daquele ano.

“Pensei que poderia ser algo um pouco ruim para minha imagem, já que os brasileiros tem um pouco de preconceito com o nível dos jogadores de LAS, principalmente pela Solo Queue”, diz. No entanto, a boa proposta da KLG somado à experiência de vida e aprendizado de um novo idioma seduziram o caçador, que recebeu o aval dos pais e foi para a região vizinha.

Leozuxo ficou seis meses na equipe chilena, até receber uma boa oferta da costa-riquenha Infinity eSports, trocando LAS por LAN.

Na abertura da Segunda Etapa deste ano, a Lyon bateu convincentemente a Just Toys Havoks por 2-0.

“A diferença entre LAS, LAN e Brasil está principalmente no mindset dos jogadores”, comenta o Caçador. “Em LAS, boa parte dos jogadores não se importam em melhorar, só querem jogar por jogar mesmo. No Brasil, a maioria dos pro players lutou muito para chegarem onde estão, e por isso dão muito mais valor a experiência de ser profissional. LAN não é muito diferente do Brasil neste aspecto, apesar de terem menos experiência”.

Leozuxo ressalta, no entanto, que a proximidade geográfica entre LAN (que tem o seu centro na Cidade do México) e EUA permite treinos e amistosos com equipes do NA, um benefício que equipes e jogadores brasileiros matariam para ter. “Todos aqui estão sempre tentando melhorar, e estar ao lado do NA faz com que o ping seja baixo e abra portas para jogarmos em um nível ainda mais competitivo”.

A Lyon é a equipe de LAN com maior experiência internacional, atuando em diversos torneios Wildcard, bem como no MSI deste ano.

Logo na primeira rodada atuando no LAN, Leozuxo foi eleito o melhor Caçador da semana. Sua equipe se encontra na terceira posição, após perder para a Lyon na terceira rodada. “A maioria dos times daqui gostam de jogar com split pushers fortes, aplicando o famoso 1-3-1, mas não me recordo de nenhuma escolha inusitada de Campeão”, comenta.

Pelos resultados recentes, a Lyon Gaming é apontada como a principal rival de Red Canids e Keyd Stars neste Rift Rivals, e Leozuxo enfrenta diretamente um dos principais jogadores: Oddie. “Ele é extremamente consistente e tem uma sinergia incrível com o Seiya (Meio). Ele nunca vai perdoar qualquer brecha que tenha na partida”.

O topo Jirall é, segundo Leozuxo, a chave para derrotar o Leão mexicano.

No entanto, segundo Leozuxo, a estrela mesmo da Lyon vem do topo. “Os mexicanos punem muito decisões equivocadas, e quem faz todo o seu jogo rodar é o Jirall. Geralmente, quando ele não encontra o seu jogo, a Lyon como um todo fica meio perdida”.

Com menos pompa e glamour, a Just Toys Havoks, que ocupa a acanhada quinta posição da atual Etapa da CLN (fora da zona de classificação) não chama tanto a atenção, mesmo com o vice-campeonato da Primeira Etapa – perderam a final por 3-0 para a Lyon. “O Caçador polonês t4nky é quem coordena o time, mas com um duo no bot fraco, comparado ao de Red e Keyd, eles devem sofrer um pouco”, analisa Leozuxo.

Olho na selva inimiga: Nappon e Revolta terão papel crucial contra equipes do Norte.

Com uma rivalidade que só tende a crescer entre as regiões, Leozuxo, praticamente um andarilho do LoL, comenta sobre o histórico das regiões. “Todos querem representar da melhor forma possível a sua região. Para os brasileiros vai ter um gostinho especial ganhar de LAS e LAN pelas farpas que alguns jogadores daqui sempre ficam atirando”.

Mas quando o assunto é o resultado, amigos, Leo não tem dúvida. “Aposto todas as minhas fichas na Keyd e na Red, o único time que pode surpreender é a Lyon pela sua experiência. Mas não tem como, Revoltinha e Nappon vão comer esses caras vivos”.


Aguarde as cenas dos próximos capítulos, onde falamos com o Suporte brasileiro da Rebirth eSports, Codpiece, sobre a região LAS.

O Rift Rivals começa nesta quarta-feira (05/07) e vai até domingo (08/07), quando saberemos, afinal, quem domina a América Central e do Sul.

 

Fonte: League Of Legends