Cultura
Campeonato de quebradeiras de coco resgata cultura no Tocantins
Um campeonato de quebradeiras de coco de babaçu movimentou uma praça do Jardim Aureny IV, na região sul em Palmas. Durante a competição, as mulheres precisavam tirar as amêndoas do fruto. Ganhava aquela que conseguisse atingir o maior peso. Um dos objetivos do campeonato é resgatar a cultura do Norte e Nordeste do país.
"A briga está acirrada, pau a pau. O pessoal está brigando mesmo e relembrando o passado. A disputa está boa", comenta um expectador.
Outro ficou admirado com o que viu. "Uma moça fez a tentativa de quebrar cinco cocos e não conseguiu, mas a outra deu o exemplo de que é muito profissional na quebra de coco. A comunidade do Aureny IV está de parabéns", elogia.
Com um machado e um pedaço de pau, a mulherada mostrou força e habilidade. Elas saíram sem nenhuma lesão nas mãos.
"É só prestar atenção e ter cuidado para não cortar o dedo", diz a lavradora Alzira Santana. A última vez que ela quebrou um coco de babaçu foi há 40 anos, mas não teve nenhum arranhão durante a competição.
"Não tenho o costume de quebrar coco. Mas se a gente observar, no meio do machado é arriscado cortar a mão. Então tem que colocar no canto do machado e bater com o cacete seguro", diz a artesã Marulina Fernandes.
Para participar, a dona Antônia preferiu levar o próprio equipamento. Depois de muito suor e jeitinho ela foi a vencedora. "O machado e cacete fizeram a diferença, fiquei muito feliz", comemora.
A atividade de quebrar o coco babaçu é típica dos estados do Maranhão, Piauí, Pará e Tocantins, especificamente no extremo norte do estado. Trabalhando entre 8h e 10h por dia, as quebradeiras conseguem de 8kg a 10kg de amêndoas. O preço varia de região para região.
Fonte: G1 TO