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7 fatos incríveis que a ciência descobriu sobre términos de relacionamento
Ah... o amor! Ele é lindo, não acham? Porém, assim como o amor é maravilhoso, o término de um relacionamento pode ser bastante traumático. Quem nunca precisou juntar os caquinhos do coração e remendá-los à base de “nunca mais vou me apaixonar de novo”?
O fim de uma namoro ou casamento quase sempre vem acompanhado de lavagem de roupa suja, brigas, discussões e, em casos mais graves, socos e tabefes. Antes de se afundar em um pote de sorvete e chorar as pitangas ao som de “All By Myself”, saiba que a ciência pode te ajudar a entender – e quem sabe superar – essa fase com mais facilidade.
A cientista Stephanie Pappas, contribuidora do site Live Science, fez uma análise “fria” de sete fatos de um término do ponto de vista científico. Confira:
1. Rompimentos são previsíveis
“Meu Deus, como isso foi acontecer? Estava tudo tão bem entre a gente”. Você pode até pensar que estava, mas um estudo conseguiu mostrar que a sementinha do término já estava plantada há muito mais tempo do que você imagina: e se você não a viu florescer, é porque estava olhando para o lado errado.
Em 2010, a revista Psychological Science publicou um estudo feito com 222 pessoas que estavam em um relacionamento. Elas deveriam dizer o nome do parceiro e duas palavras relacionadas a ele. Na segunda etapa, deveriam pressionar um botão de “positivo” ou de “negativo” ao serem expostas a essas palavras. A pesquisa mostrou que aquelas pessoas que pressionaram mais rapidamente o botão de “negativo” são aquelas mais propensas a terminar o relacionamento no ano seguinte.
A sementinha do término já estava plantada muito antes do que você imagina
2. Você termina com “você mesmo”
Uma pesquisa comandada pelo Personality and Social Psychology Bulletin em 2010 mostrou que muitas pessoas ficam realmente perdidas após um término de relacionamento. Isso acontece principalmente entre os jovens universitários, que não sabem que rumo seguir após o fim de um namoro.
“Quando os relacionamentos terminam, as pessoas não sentem apenas a dor da perda do parceiro, mas também a das mudanças que elas próprias deverão fazer em si próprias”, concluiu o estudo, que foi feito com depoimentos semanais de pessoas que passavam por términos recentes.
Perda de identidade é uma das coisas que mais aflige no término de um relacionamento
3. Afogar as mágoas pode ser uma coisa boa
Depois de um término, você é daquele tipo de pessoa que fica em casa chafurdando o relacionamento todo e pensando em tudo o que você passou? Você faz isso acompanhado de um potão de sorvete e de filmes românticos no Netflix? Saiba que você pode estar fazendo a coisa certa.
O jornal Social Psychology and Personality Science publicou um estudo feito com pessoas que participaram de sessões semanais de análise coletiva sobre seus términos de relacionamento. Ficar rememorando a cada sessão os motivos do fim pode até parecer um pouco de masoquismo, não é mesmo?
No entanto, a pesquisa mostrou que as pessoas que tiraram esse tempo para uma autoanálise coletiva superaram o término muito mais rapidamente do que aquelas que foram a poucas das sessões feitas pelo estudo.
Curtir a fossa ajuda a superá-la mais rapidamente
4. O autoflagelo não deve demorar muito tempo
Apesar de o item acima mostrar que pensar sobre o término e falar sobre ele pode ser uma coisa benéfica, ficar eternamente se lamentando não vai te ajudar em nada a dar a volta por cima. É preciso ter força de vontade.
Em 2012, foi publicado um estudo com cerca de 500 mulheres mostrando que aquelas que ficaram stalkeando o Facebook do ex-namorado por mais tempo foram as que mais relataram casos de angústia, depressão e saudade.
Além disso, essa mesma pesquisa, que foi comandada pelo jornal Cyberpsychology, Behavior and Social Networking, mostra que cortar todo tipo de relação com o ex pode não ser a melhor saída. Às vezes, mantê-lo entre seus contatos vai fazer você se confrontar esporadicamente com uma atualização de status ridícula, tirando o ex do pedestal em que você o colocou.
Fossa não deve demorar tanto tempo
5. É difícil superar, mas o tempo ajuda
Uma pesquisa publicada em 2010 pelo Journal of Neurophysiology mostra que esquecer um ex é tão difícil quanto superar um vício. O teste foi feito com pessoas que tinham recentemente levado um pé na bunda e diziam que não conseguiam esquecer o “grande amor de suas vidas”.
Para isso, os cientistas mostravam fotos do ex e de amigos da pessoa rejeitada para monitorar as reações cerebrais perante essas imagens. Ao ver o ex, as pessoas tinham uma atividade maior na região cerebral conhecida como área tegmental ventral (VTA), que é um lugar do cérebro ativado quando há motivação, recompensa e paixão.
O núcleo accumbens, outra área do cérebro ligada a recompensa e vício, também se tornou mais ativa ao serem exibidas fotos de ex-namorados. A parte boa é que a ciência explica que com o tempo as atividades cerebrais nessas áreas específicas tendem a diminuir; ou seja, a dor de cotovelo um dia vai passar.
Área tegmental ventral e núcleo accumbers são os responsáveis pelo prazer e pelo vício
6. As mulheres sofrem mais
Ainda que o término possa ser igualmente doloroso para homens e mulheres, a dor que elas sentem é maior. Ao menos é o que comprova um estudo publicado há alguns anos e feito com mais de 5 mil pessoas, entre hetero e homossexuais.
Numa escala de dor que vai de 0 a 10, as mulheres possuíam uma média de 6,84 pontos de dor relativa à angústia pela separação, um nível relativamente maior do que os 6,58 de média que os homens obtiveram. A pesquisa foi publicada pelo Evolutionary Behavioral Sciences.
Mulheres tendem a sofrer mais após o término
7. Os términos nem são tão ruins assim
Quando o término chega, é normal pensar que você vai morrer e nunca mais vai superar essa dor. A ciência mostra, porém, que esse “luto interno” dura menos do que esperamos. Em geral, nos recuperamos do fim cerca de duas vezes mais rápido do que nós próprios esperamos.
Nós superestimamos a perda, achando que ela será dolorida para sempre. E nunca é! Um estudo feito em 2008 pelo Journal of Experimental Social Psychology acompanhou 70 universitários que mantinham relacionamentos durante a graduação. Desses, 26 terminaram a relação ao longo do estudo e acreditavam que levariam, pelo menos, 20 semanas para se recuperar. Entretanto, em menos de 10 semanas a maioria já estava pronto para outra!
Você vai estar pronto para seguir em frente muito antes do que você espera
Fonte: Live Science