Mundo
5 Mulheres incrivelmente valentes que estiveram na segunda guerra mundial
1 – Lyudmila Pavlichenko
A atiradora soviética Pavlichenko era tão temida que os alemães falavam com ela a distância, por meio de um megafone. A oficial adquiriu respeito com a experiência que teve desde jovem – aos 14 anos já trabalhava em uma fábrica de munição e não demorou muito para que logo aprendesse a atirar. Quando a guerra começou, ela se voluntariou a lutar para defender seu país.
No início, obviamente, o exército a aceitou apenas como enfermeira, ainda que ela tivesse mostrado seus certificados de boa atiradora. Depois de insistir, ela finalmente teve a chance de fazer um teste de tiro e, ao mostrar seu talento, foi imediatamente aprovada. Durante a Segunda Guerra Mundial, Pavlichenko matou 309 pessoas, sendo que, dessas, 36 eram atiradores alemães de alto escalão.
Embora tenha sofrido vários ferimentos durante os combates, a atiradora só foi removida de suas atividades depois de ferir gravemente o rosto. Após isso, ela passou a se dedicar ao treinamento de novos atiradores. Apesar de todo esse histórico, quando deu algumas entrevistas nos EUA, em 1942, ouviu perguntas sobre o estilo de seu uniforme e seus hábitos de maquiagem.
De volta à Rússia, recebeu vários prêmios, incluindo a Medalha Estrela de Ouro e o título de “Heroína da União Soviética”. Depois, graduou-se na Universidade de Kiev e se tornou historiadora.
Reprodução: All That is Interesting.
2 – Nancy Wake
Conhecida como “rato branco” devido à sua habilidade de nunca ser capturada, Nancy Wake foi considerada pelos alemães, durante muito tempo, como a mulher mais procurada do país. Casada com um francês, Wake transportava documentos falsos e materiais contrabandeados – na única vez em que foi capturada e interrogada por muitos dias, nunca revelou nenhuma das informações secretas que sabia.
Em 1943, fugiu para a Grã-Bretanha, onde se juntou ao Serviço de Inteligência Britânico. Depois de um treinamento intenso de paraquedismo e manuseamento de armas, voltou à França como espiã oficial dos britânicos.
Ela chegou a comandar 7 mil tropas de guerrilha, explodiu construções nazistas e sabotou veículos – sem falar em quando matou um sentinela com as próprias mãos. Aos 89 anos, disse, durante uma entrevista: “Alguém uma vez me perguntou: ‘Você já sentiu medo?’. Eu nunca senti medo em toda a minha vida!”.
Reprodução: All That is Interesting.
3 – Susan Travers
Única mulher presente na Legião Estrangeira Francesa, Susan Travers chegou a passar 15 dias dentro de um forte, ao lado de outros soldados, na tentativa de não ser alvo da artilharia pesada dos alemães. Então a comida acabou e, ao lado do marido, o General Marie-Pierre Kœnig, Travers saiu do forte para buscar alimento.
Em meio a uma perseguição ferrenha, ela chegou a conduzir um caminhão pegando fogo e alcançar a fronteira, onde encontrou 2,5 mil soldados franceses cujas vidas havia ajudado a salvar. Ela só conseguiu se tornar um membro oficial da Legião ao não informar seu gênero no formulário.
Entre suas conquistas, Travers se tornou membro de honra da Legião e recebeu a Medalha Militar Francesa e a Cruz de Guerra, ambos símbolos de alta honraria para o exército francês.
Reprodução: All That is Interesting.
4 – Hedy Lamarr
Conhecida como “a mulher mais bonita da Europa”, a atriz austríaca Hedy Lamarr e o compositor George Antheil criaram, durante o início da Segunda Guerra Mundial, um sistema de rádio que guiava o disparo de torpedos. A invenção de Lamarr impedia que houvesse interferência de frequência de rádio, o que deu início, em termos tecnológicos, à criação de sistemas de WiFi e Bluetooth.
O esquema desenvolvido por Lamarr foi patenteado em 1941, mas só foi realmente usado em 1960, durante a crise dos mísseis de Cuba. Em 1997, ela foi homenageada por um dos prêmios mais importantes em termos de tecnologia, o EFF Pioneer Awards – foi como se tivesse recebido um “Oscar dos Inventores”. Em 2014, postumamente, a invenção de Lamarr passou a fazer parte do National Inventors Hall of Fame.
Reprodução: All That is Interesting.
5 – Noor Inayat Khan
Descendente da realeza indiana, Inayat Khan treinou para ser enfermeira da Cruz Vermelha Francesa. Sempre interessada nos ensinamentos pacifistas do pai, surpreendeu a todos quando decidiu participar da Força Aérea depois de fugir para a Inglaterra durante a ocupação alemã na França. Em território inglês, ela foi treinada a operar rádios sem fio.
Tempos depois, Inayat Khan foi recrutada para trabalhar como executiva de operações especiais em ocupações nazistas na França. Usando o codinome Madeleine, e apesar da dúvida de todos, ela aproveitou o fato de ser fluente em francês para aceitar o trabalho de operadora de rádio para as redes de resistência.
Na França, ela continuava trabalhando clandestinamente, mandando mensagens a Londres até que, em 1943, foi traída, denunciada e presa. Acabou escapando depois de algumas horas, mas foi recapturada e mantida em uma solitária na Alemanha, onde permaneceu amarrada e foi torturada, sem nunca revelar qualquer informação secreta.
Da prisão alemã, a guerreira indiana foi enviada ao campo de concentração de Dachau, onde foi torturada e estuprada – mesmo assim, continuou sem revelar qualquer informação. Depois da tortura e da violência sexual, Inayat Khan foi morta com um tiro na parte de trás da cabeça, e sua última palavra foi “liberdade”.
Postumamente, recebeu a Cruz de Jorge, por sua bravura, e a Cruz de Guerra do Exército Francês.
Reprodução: All That is Interesting.
Fonte: All That is Interesting