Prof. Naldo
Francinaldo de Sousa Bezerra. Graduado em História pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Pós-graduado em História do Brasil e professor da rede estadual de ensino no Piauí e Maranhão. Produtor de eventos, crítico político e cultural.
Trabalhadores em educação do Piauí decidem pela suspensão da greve.
Em assembléia realizada na manhã desta sexta-feira, 04 de março, na Praça da Bandeira, os trabalhadores decidiram suspender a greve e voltarem ao trabalho.
Os trabalhadores em educação do Estado do Piauí decidiram suspender a greve da categoria. A decisão foi tomada em assembléia realizada na manhã da sexta-feira, 04 de março, na Praça da Bandeira. A assembléia contou com significativa participação dos servidores, que analisaram a continuação ou não do movimento grevista.
Foi realizada uma votação e a maioria dos trabalhadores decidiu suspender a greve e voltarem às salas de aula. “A proposta do governo não era a que estávamos esperando, mas já é um avanço. Eu acho que nós devemos retornar as aulas e deixar o sindicato continuar a negociação da questão da regência, do adicional e das outras reivindicações. Acredito que nós, como educadores, temos que pensar nos nossos alunos e nos pais que não têm condições de pagar escolas e estão vendo seus filhos em casa porque os colégios estão parados”, declarou a professora Maria Alcina.
Para o professor de História, Evandro Moura, a greve foi bastante positiva. “Quando começamos a greve ninguém esperava que o governador Wilson Martins, considerado um trator, fosse ceder. E após 18 dias de greve ele cedeu. Vai pagar o piso nacional de 1.187,08 e mais o retroativo. Esse não é um salário que um professor merece, mas é aquilo que nesse momento o governo quer pagar. No governo passado do Wellington Dias, passamos oito anos só perdendo os direitos da categoria. Concordo com o fim da greve, porque temos que respeitar as leis. O governo está cumprindo a lei do piso, que não é o ideal, mas ele está cumprindo. Então acredito que paramos no momento certo”, afirmou Evandro.
De acordo com o secretário geral do SINTE-PI, Antônio Ferreira, esse era o momento certo de encerrar a greve. “Temos que garantir esse aumento de 15% no contracheque. Pior é voltar sem nada. Vamos continuar em estado de greve, lutando por mais melhorias como os 15% dos técnicos em educação, o aumento da regência que está congelada há mais de 2 anos e outras reivindicações. Não saímos dessa greve perdedores, saímos vitoriosos. Achei que o movimento grevista foi proveitoso”, pontuou Antônio.
“Estamos encerrando a greve após 18 dias. Uma greve vitoriosa, com conquistas para a categoria, embora não vencendo todos os pontos da nossa pauta, por isso que a decisão dos trabalhadores aqui foi suspender o movimento, mas continuar em estado de greve. Isso significa que nós vamos acompanhar a votação do projeto do piso na Assembléia Legislativa, que o governo se comprometeu em enviar após o carnaval. Um piso que corresponde a um aumento de 15, 85% para o professor classe A em nível médio. Iremos negociar com o governo esse mesmo percentual para os técnicos de nível médio na data base, que é para o mês de maio. Considero que a votação para a suspensão do movimento foi expressiva. A categoria está de parabéns e a nossa luta continua, disse a presidente do SINTE-PI, Odeni de Jesus.
Os trabalhadores em educação voltarão ao trabalho na próxima quinta-feira, dia 10 de março, com a garantia que a categoria continuará mobilizada para acompanhar o cumprimento das negociações assumidas pelo governo do Estado do Piauí. A categoria está disposta a reiniciar a greve, caso o governo não honre com os compromissos assumidos. O momento é de continuarmos unidos, atentos na luta, intensificando as negociações para garantirmos os nossos direitos.
Autor/Fonte: SINTE-PI