Dr. Valrian Feitosa

Prof. Naldo
Francinaldo de Sousa Bezerra. Graduado em História pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Pós-graduado em História do Brasil e professor da rede estadual de ensino no Piauí e Maranhão. Produtor de eventos, crítico político e cultural.

Professores do Piauí fazem nova assembléia e greve é mantida

 
                       A assembléia ocorreu na Praça da Bandeira e teve como objetivo fazer uma avaliação sobre a greve, que já entra na segunda semana, e definir novas estratégias para a mesma. 
                     Os trabalhadores em educação do estado do Piauí se reuniram novamente em assembléia, na manhã dessa segunda-feira, 21 de fevereiro. A assembléia ocorreu no Teatro de Arena, da Praça da Bandeira e teve como objetivo fazer uma avaliação sobre a greve, que já entra na segunda semana, e definir novas estratégias para a mesma.
                      Após a assembléia, os trabalhadores em educação partiram em caminhada até o Palácio de Karnak, sede do governo estadual. Munidos novamente de cartazes, faixas, alto-falantes e coletes com a frase “Educação em greve, a culpa é do governo", os servidores mais uma vez pararam o centro da capital.
                     A presidenta do SINTE-PI, Odeni Silva, pediu o apoio dos pais de alunos. “Queremos que os pais nos ajudem. Que eles estejam do nosso lado”. A presidenta pediu também a ajuda dos juízes do estado. “Faço um apelo aos juízes. Analisem quem está ilegal, se somos nós ou o governador, que não pagou o nosso piso. O piso era pra ter sido pago em janeiro. Já estamos em fevereiro e até agora nada”, disse Odeni.
                   “O secretário de educação, Átila Lira, diz nos meios de comunicação que o Piauí é o único estado que está em greve. Mas ele não diz que o Piauí é o único, porque é o que paga os piores salários aos trabalhadores”, desabafa a pedagoga Elisnete Gomes.
                     Ao chegar ao Palácio do Karnak, a presidenta Odeni Silva pediu ao governador o cumprimento da lei do reajuste salarial e mais compromisso com a educação. “Nós estamos aqui para pedir não só o reajuste, mas também melhores condições de trabalho, pois as escolas do Piauí estão sucateadas. O senhor fez inúmeras promessas para a educação na época das eleições. Queremos que o senhor cumpra a sua palavra”, exigiu a presidenta.
                    A Assembléia Nacional dos Estudantes Livre, a ANEL, comunicou aos trabalhadores que está a favor da greve. “Viemos aqui para dizer que os estudantes apóiam a greve, pois essa luta é dos estudantes também. A estrutura das escolas prejudica não somente os professores, mas principalmente os alunos. Estamos aqui para dá total apoio a greve e as reivindicações dos trabalhadores, disse Thiago Marden, membro da ANEL.
                    O professor de história Evandro Moura, fez um pedido aos colegas de luta. “Eu queria fazer um pedido. Qualquer convite de diretor para os professores voltarem ás salas de aula não deve ser atendido. Não aceitem voltar”, solicitou Evandro. 
                    Na assembléia de hoje ficou decidido que as mobilizações de greve irão continuar em todo o Piauí . O estado já se encontra com quase 95% das escolas paradas.
O SINTE-PI informa aos trabalhadores em educação que uma nova assembléia ocorrerá na próxima quarta-feira, dia 23 de fevereiro, às 9 horas da manhã, no Palácio do Karnak.
 


Autor/Fonte: ascom SINTE-PI