Dr. Valrian Feitosa

Prof. Naldo
Francinaldo de Sousa Bezerra. Graduado em História pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Pós-graduado em História do Brasil e professor da rede estadual de ensino no Piauí e Maranhão. Produtor de eventos, crítico político e cultural.

Professores do Estado do Piauí estão em Greve

 

 

Os servidores em educação do estado do Piauí decidiram entrar em greve por tempo indeterminado. A decisão aconteceu em assembléia realizada na manhã desta segunda-feira na praça da bandeira. Inúmeros servidores da educação lotaram a praça para reivindicar seus direitos. E foi decidido por unanimidade não iniciar o período letivo, que estava previsto para começar hoje, 14 de fevereiro.

 

Os servidores em educação reivindicam a implantação do piso salarial da educação, o reajuste dos técnicos administrativos, melhores condições de trabalho, regularização das férias, da aposentadoria e aplicação concreta dos recursos destinados à educação. Além disso, a categoria protesta contra o aumento de 10% do plano de saúde IAPEP/PLAMTA.

 

Durante discurso na manifestação, a presidenta do SINTE-PI, Odeni de Jesus, foi categórica: “Não tem outra saída. Esperávamos uma proposta do governo e ela não aconteceu. Agora é greve geral por tempo indeterminado, falou a presidenta, aplaudida logo em seguida pelos trabalhadores presentes. "Cada um aqui é uma agente para mobilizar a categoria. Vamos nos reunir e lutar pelos nossos direitos”, disse Odeni.

 

Segundo Luis Ermino, professor da cidade de Campo Maior, há muito tempo os professores não realizavam uma mobilização tão grande. “Nesse momento, estou vendo aqui uma mobilização como há muito tempo não se via na nossa classe. Isso é muito importante. O governo tem condições sim de aumentar o nosso salário”.

 

Para o professor de História, Edílson Rocha, os trabalhadores da educação não tem outra alternativa a não ser a greve “Como se não bastasse a situação de arrocho salarial de vários anos sem reajuste, agora vem o aumento do IAPEP. A resposta dos professores é a greve”, declarou Edílson.

 

“O aumento do IAPEP é uma vergonha. Eles aumentam o IAPEP e não aumentam o nosso salário. Isso não é justo. Vamos lutar por nossos direitos”, bradou aos companheiros o presidente da regional de Campo Maior, Francisco de Assis.

 

Após decidirem pela greve, os trabalhadores resolveram fazer uma passeata, partindo da praça da bandeira até a sede do IAPEP SAÚDE para reclamar o aumento ilegal no plano.

 

Gritando o lema “Trabalhadores unidos jamais serão vencidos” e segurando bandeiras, cartazes e alto-falantes, os trabalhadores pararam as ruas de Teresina e fizeram os teresinenses tomarem conhecimento de suas lutas.

 

Ao chegar à sede do IAPEP, situada no centro da cidade, os trabalhadores da educação pararam em frente ao prédio e protestaram veementemente contra o aumento do plano de saúde. “Nós somos humilhados quando chegamos a hospitais e clínicas. Quem tem prioridade são os planos privados. Queremos um IAPEP de qualidade. Nós só saímos daqui quando o presidente do IAPEP retirar esse aumento” afirmou a presidenta do SINTE.

 

Após muitos protestos em frente ao prédio, o presidente do IAPEP, Flávio Nogueira, recebeu uma comissão de trabalhadores para negociar a questão do reajuste do PLAMTA. Ao término da negociação, a professora Odeni, presidenta do SINTE, divulgou para toda categoria que o reajuste do PLAMTA está temporariamente retirado do contracheque do servidor. No entanto, o SINTE e toda a categoria exige que este desconto seja retirado de forma definitiva. “Foi uma conquista, mas ainda é muito pouco, sem falar que não temos a garantia de que o reajuste seja retirado de forma definitiva. Por isso, estamos mantendo o movimento forte e vamos continuar assim até que todas as nossas reivindicações sejam atendidas,” pontuou a secretária de comunicação do SINTE, Eristânia Gonçalves.

 

O SINTE informa à categoria que uma nova assembléia foi marcada para o próximo dia 21 de fevereiro, no Teatro de Arena, na Praça da Bandeira, a partir das 9 horas da manhã. Contamos com a participação de todas e todos os trabalhadores em educação, bem como de toda a sociedade para mantermos a força do movimento, que já começou de forma ímpar, sendo a de hoje a maior assembléia, em número de participantes, de toda a história do SINTE.

 

A HORA É AGORA, VAMOS JUNTOS GARANTIR NOSSOS DIREITOS!!!

 


Autor/Fonte: ascom SINTE-PI