Prof. Naldo
Francinaldo de Sousa Bezerra. Graduado em História pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Pós-graduado em História do Brasil e professor da rede estadual de ensino no Piauí e Maranhão. Produtor de eventos, crítico político e cultural.
No Piauí. A greve dos professores continua.
A categoria continua firme e forte e a greve só vai acabar quando o governo tomar uma posição concreta com relação ao piso salarial.
Os trabalhadores em educação do Estado do Piauí se reuniram em assembléia geral, na manhã dessa segunda-feira, 28 de fevereiro, para avaliar a greve da categoria, que já entrou na terceira semana. A mesma ocorreu no pátio da Assembléia Legislativa do Piauí e, a deliberação é pela continuidade do movimento até que o governo apresente um proposta concreta. Uma nova assembléia geral foi marcada para quarta-feira, dia 02 de março, logo após a audiência pública que vai acontecer às 15 horas, no pátio do Plenarinho da Assembléia legislativa.
De acordo com o professor Chicão, os trabalhadores em educação querem uma proposta por escrito e, a greve só vai acabar quando o governador Wilson Martins tomar uma posição em relação ao piso salarial da categoria. “O governo estadual disse que só iria negociar depois que o piso fosse fixado. O governo federal fixou o piso e até o momento o secretário Átila Lira, nem o governador Wilson Martins se pronunciaram se vão cumprir ou não o piso nacional da educação. Por isso, as escolas irão continuar paradas e os trabalhadores em greve”, declarou Chicão.A professora Ilma Lustosa disse que já está cansada das promessas do governador Wilson Martins. “O governo só faz falar, e em palavras nós não acreditamos mais. Nós queremos é papel registrado na nossa mão. Nós não acreditamos mais nas promessas do governador, queremos o que ele diz em papel assinado. Enquanto isso não acontecer, nós vamos continuar na luta”, afirmou Ilma.
Após a assembléia, os trabalhadores partiram em passeata até o Palácio de Karnak, para reclamar mais uma vez do descaso do governador Wilson Martins com a educação piauiense.
Em frente ao Palácio, os manifestantes protestaram contra a arbitrariedade do governo, que se recusa a receber a categoria para negociar. “Estamos aqui numa manifestação pacífica, porém de enfrentamento contra esse governo autoritário, que não quer negociar. Viemos aqui para dizer que queremos que o piso seja cumprido. Nós queremos voltar a trabalhar, mas o governo tem que dá condições mais dignas de trabalho para nós”, disse o secretário de finanças do SINTE-PI, Manuel Rodrigues.
AUDIÊNCIA PÙBLICA
A audiência pública que estava marcada para esta segunda-feira, dia 28 de fevereiro, foi adiada para a próxima quarta-feira, dia 02 de março. A mesma ocorrerá na assembléia legislativa, a partir das 15 horas. Após a audiência, acontecerá mais uma assembléia dos trabalhadores para discutir sobre a greve.
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Fonte: ascom SINTE-PI