Prof. Naldo
Francinaldo de Sousa Bezerra. Graduado em História pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Pós-graduado em História do Brasil e professor da rede estadual de ensino no Piauí e Maranhão. Produtor de eventos, crítico político e cultural.
No Maranhão a greve dos professores inicia com ato Público.
Os trabalhadores em educação de todo o Estado dão início nesta terça-feira, 1º de março, à greve geral por tempo indeterminado, conforme a categoria decidiu na semana passada em 18 assembléias regionais. Amanhã (dia 1º) às 8h30, a categoria se concentrará em frente à Biblioteca Pública Benedito Leite, para em seguida, partir em passeata pelas principais ruas do centro, finalizando com ato público em frente ao Palácio dos Leões.
Na cidade de Timon, o movimento teve a adesão de mais de 90% das escolas estaduais e a concentração foi na praça São José no centro da cidade. Na ocasão foi criado as comissões de comando de greve e visitas as escolas estaduais.
O objetivo do movimento é chamar a atenção da sociedade para o descontentamento da categoria com as políticas educacionais aplicadas pelo governo estadual tendo como ponto central a não aprovação e implantação do Estatuto do Educador, em negociação desde 2009.
A greve foi decidida em assembléias realizadas no período de 17 a 23 de fevereiro em todo o Estado quando foram consultados trabalhadores do sistema educacional de diferentes pólos.
Logo depois da aprovação de greve pelos trabalhadores em São Luis, (dia 23), o governo reuniu com o SINPROESEMMA e apresentou uma nova proposta. Dessa vez, o governo oferece 10% (dez por cento), a partir de 1º de outubro deste ano (2011), além do envio da proposta do Estatuto do Educador à Assembléia Legislativa.
A alegação para tal porcentagem, de acordo com a equipe governamental, é a falta de recurso suficiente para a implantação imediata de toda a tabela apresentada pelo Sindicato. O governo estima em R$ 200 milhões o valor necessário para iniciar a implantação do Estatuto.
Os diretores do SINPROESEMMA, no entanto, propuseram a recomposição salarial como parte da implantação da tabela, a partir de 1º de março. Além disso, a direção quer o contingenciamento de recursos de outras áreas para contemplar as necessidades da Educação.
“Cobramos que o governo retire recursos do pagamento da dívida do Estado que, segundo o Secretário Chefe da Casa Civil, atualmente chega a 14% do Orçamento Estadual”, destacou o presidente do Sindicato, Júlio Pinheiro.
Fonte: Sinproessema.