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Volodymyr Zelensky acusa Rússia de utilizar bombas de fósforo contra civis na Ucrânia

Foto: ReproduçãoPresidentes da Polônia, Letônia e Estônia vão para Kiev nesta quarta para encontrar o presidente ucraniano
Presidentes da Polônia, Letônia e Estônia vão para Kiev nesta quarta para encontrar o presidente ucraniano

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de usar bombas de fósforo no país durante a invasão. A denúncia foi feita nesta quarta-feira (13) durante seu discurso ao parlamento da Estônia.

De acordo com a Reuters, apesar da acusação, o ucraniano não apresentou evidências e a agência internacional não conseguiu checar a informação de forma independente.

“Nas cidades ucranianas, que caíram sob os ataques russos, dezenas de milhares de pessoas já morreram. Nas áreas civis, a Rússia usa todo tipo de artilharia, míssil, bombas aéreas, incluindo bombas de fósforo e outras munições banidas pela lei internacional”, acusou Zelensky.

As bombas de fósforos são proibidas no mundo inteiro pela Convenção de Armas Químicas, de 1997. De acordo com a Human Rights Watch, esse tipo de arma pode causar a corrosão dos ossos, queimaduras e ardência interna.

Ainda de acordo com a Reuters, os presidentes da Polônia, Letônia e Estônia vão para Kiev nesta quarta para encontrar o presidente ucraniano. Zelensky tem pedido sanções mais duras contra Moscou para pressionar-los e, principalmente, acabar com a crise de refugiados.

A Rússia nega que tenha utilizado armas químicas durante a “operação militar especial”.

Entenda o conflito entre Rússia e Ucrânia

A tensão entre os dois países é antiga. No fim de 2013, protestos populares fizeram com que o então presidente ucraniano Víktor Yanukóvytch, apoiado por Moscou, renunciasse. Na época, os ucranianos debatiam uma possível adesão à União Europeia.

Em 2014, a Rússia invadiu a Ucrânia e anexou o território da Crimeia, incentivando separatistas pró-Rússia desde então. Em 2015, foram firmados os Acordos de Minsk que decretavam um cessar-fogo, entre outros pontos, e proibiam Moscou de apoiar os rebeldes e Kiev deveria reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias autônomas.

Apesar disso, o conflito continuou, o cessar-fogo não foi respeitado e cerca de 10 mil pessoas morreram desde então.

Em novembro de 2021, a Ucrânia se movimentou para fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), a aliança militar criada após a Segunda Guerra Mundial. A Rússia se sentiu ameaçada e iniciou exercícios militares na fronteira com o país vizinho, exigindo que a nação nunca se torne um membro.

A tensão se estendeu e se agravou após o presidente russo reconhecer Donetsk e Luhansk como províncias independentes, causando sanções por parte do Ocidente e a invasão de 24 de fevereiro.

e Estônia vão para Kiev nesta quarta para encontrar o presidente ucraniano.

Fonte: Rede TV