Política
Resolução de Bernie Sanders propõe que EUA rompam com Brasil em caso de golpe
Medida forçará o Senado a emitir a nota em apoio e exigirá da Presidência dos EUA rompimento de todos os laços com o Brasil, caso o país liderado com alguém que tome poder de forma autoritária.
O democrata Bernie Sanders propõe uma resolução para impedir o governo dos Estados Unidos de apoiar o Brasil, caso o país seja liderado por regime ilegítimo, sejam quais forem os presidente das duas nações.
O senador por Vermont teve a ideia por causa dos constantes ataques do presidente Jair Bolsonaro (PL), ministros, parlamentares aliados e outros ao sistema eleitoral brasileiro e uma ameaça de golpe de Estado neste ano, que vem preocupando outros parlamentares norte-amerricanos e administração de Joe Biden
Com a aprovação da medida, chamada de Resolução Bernie Sanders, o Senado dos EUA mostraria oficialmente apoio à democracia brasileira e à realização de eleições livres e justas no pleito presidencial.
Sanders falou do projeto em uma entrevista ao site norte-americano Politico. Na conversa, o político afirmou que apresentará a resolução neste mês. A ideia, segundo ele, é apoiar o candidato que vencer as eleições presidenciais de forma justa e livre, independente do resultado.
A resolução não só forçará o Senado a emitir uma nota de apoio ao eleito como também exigirá da Presidência dos EUA um rompimento de todos os laços com o Brasil, caso o país seja liderado por alguém que não aceite o resultado das urnas e tome o poder de forma autoritária.
“Seria inaceitável que os Estados Unidos reconhecessem e trabalhassem com um governo que realmente perdeu a eleição. Seria um desastre para o povo do Brasil e enviaria uma mensagem horrível para o mundo inteiro sobre a força da democracia”, afirmou Sanders.
A resolução proposta por Sanders, entretanto, é não-vinculante, ou seja, não implica em ações práticas obrigató
“Isso é um começo. É importante que o povo brasileiro saiba que estamos do lado deles, do lado da democracia e que podemos ir mais longe”, ressaltou o político norte-amerciacano.
Ele garantiu já ter apoio dos demais senadores democratas para a medida. Por outro lado, até agora, nenhum integrante do Partido Republicano se manifestou. Essa é a sigla de Donald Trump, que não aceitou o resultado das urnas que deram a vitória a Biden e ainda incentivou a invasão de seus apoiadores ao Capitólio, em uma tentativa de impedir os parlamentares de realizarem a sessão que formalizaria o reconhecimento da escolha dos eleitores norte-americanos.
Há duas semanas, parlamentares dos EUA disseram que o deputado federal Eduardo Bolsonaro, filho do presidente brasileiro, pode ser incluído nas investigações sobre o sangrento episódio por ter se reunido com mentores da invasão do Capitólio dias antes do ataque. Eduardo também esteve com filhos de Trump na mesma ocasião.
rias. Na prática, são criadas para manifestar uma opinião conjunta da casa legislativa.
Fonte: O Tempo