Esporte
Palmeiras desfalcado mostra que é "cascudo" e fica perto de avançar na Libertadores

O cenário era preocupante. Um time desfalcado pelo surto de Covid-19, com um banco de reservas totalmente formado com jovens da base e tendo pela frente um duelo de mata-mata pela Libertadores.
Nesta quarta-feira, contudo, todo e qualquer problema ficou para trás. Como gosta de repetir Abel Ferreira, o Palmeiras encontrou a solução e, como uma equipe "cascuda", encaminhou a vaga nas quartas de final do torneio sul-americano.
Fora de casa, na cidade de Manta, no Equador, o time sem peças fundamentais como Raphael Veiga, Luiz Adriano e Gabriel Veron venceu o Delfín pelo placar de 3 a 1, resultado conquistado com uma atuação madura de uma equipe organizada e com soluções criativas apresentadas na noite da última quarta-feira. Sem nomes importantes, o Palmeiras se sobrepôs diante do frágil adversário, como deve ser.
A mistura de maturidade e criatividade começa pelo trio Gabriel Menino, Rony e Zé Rafael. Autores dos gols, eles exerceram funções diferentes (e bem). O primeiro atuou aberto como um ponta direita, e próximo da área pegou bola mano a mano para fazer 1 a 0. O segundo, único atacante, atuou centralizado e se mostrou decisivo. O terceiro, mais adiantado, voltou de lesão ratificando a boa fase.
Diante de uma sequência de notícias ruins pela pandemia, o resultado e o desempenho no Equador servem como alento. O Palmeiras está próximo das quartas de final da Copa Libertadores, mesmo com um grupo remendado e vitimado pelo surto no clube. Ponto para o elenco, e motivo de celebração para Abel Ferreira.
O que deu certo
Diante de tantos desfalques, Abel Ferreira precisou promover alguns experimentos na equipe titular e deve ter saído satisfeito com o que viu. De início, a opção por Gabriel Menino adiantado no setor ofensivo resultou em gol no início da partida. Perto da área, o camisa 25 fez jogada individual e abriu o marcador.
– Posso jogar em muitas posições, sou versátil. Ele conversou comigo, perguntou se eu fazia aquela posição, falei que sabia fazer. Ele pediu para eu ir para o um contra um, que o meu é forte, e na hora que eu driblasse, achar meus companheiros, que meus cruzamentos são bons. Foi isso que ele pediu para mim – comentou Gabriel Menino
Fonte: Ge Palmeiras