Saúde
Ômicron: após recordes, casos começam a cair em alguns países
As primeiras nações atingidas pela ômicron começam a mostrar que o pior já pode estar passando. A África do Sul, 1º lugar onde a variante foi detectada, teve seu pico de casos em 12 de dezembro de 2021, com 37.000 novas infecções e uma média móvel de 19.400 casos. Na última 3ª feira (18.jan.2022), pouco mais de 1 mês depois, foram 3.657 casos, com uma média móvel de 4.350.
As mortes, entretanto, ainda têm alta de 54%, em comparação aos últimos 14 dias. Os dados foram coletados na plataforma Our World in Data e compilados pelo Poder360.
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Outro exemplo positivo é o Reino Unido, que começou a dar sinais de desaceleração no número de casos do coronavírus nos últimos dias. No começo de 2022, o país chegou a contabilizar 218.705 casos em 1 dia, com uma média de 180.528 infecções. Agora, a média está em 97.794, com 93.890 casos na última 3ª feira (18.jan).
No país europeu, a média de mortes saltou de 123 em 27 de novembro de 2021, quando a ômicron foi detectada, para 438 na 3ª feira (18.jan). Apesar disso, o Reino Unido já anunciou que o uso de máscaras não será mais obrigatório e o teletrabalho não será mais exigido.
Enquanto isso, o Brasil vê os números de casos crescerem a cada dia, uma alta de 778% na média de infecções registradas no país. As mortes também acompanham a nova onda causada pela ômicron, com 88% de aumento.
Líder em número de casos por milhão de habitantes, o Peru tem médias parecidas com as do Brasil, com 834% de aumento na média móvel de casos. Quando o 1º caso da ômicron foi detectado, o país tinha uma média de 1.564 casos. Agora são 36.521.
Na 4ª feira (19.jan) o mundo registrou novo recorde diário de casos de covid-19, com mais de 3,79 milhões de casos da doença foram notificados em 24 horas.
O Poder360 selecionou 12 países que ajudam a entender a ômicron no mundo. Leia:
África do Sul
Primeiro lugar onde a ômicron foi detectada, África do Sul é vista como uma boa notícia para os países que enfrentam a variante. Se no começo da nova onda o país africano contabilizava 37.000 casos, com uma média móvel de 19.400, na última 3ª feira (18.jan.2022) foram 3.657 casos, com uma média móvel de 4.350.
Com o percentual da população completamente vacinada abaixo de 30%, as mortes causadas pela covid-19 ainda enfrentam uma alta de 54% no país.
Argentina
A Argentina tem sido fortemente afetada pela ômicron e viu seus números de casos e mortes aumentarem rapidamente. O número de pessoas infectadas começou a crescer gradualmente em meados de dezembro e disparou no final do ano.
No começo de dezembro de 2021, quando a ômicron foi detectada, a média móvel de mortes era de 17. Na 3ª feira (18.dez), o país sul-americano registra uma média de 118. Apesar dos números elevados no país, autoridades optaram por não impor restrições que frustrariam as férias de verão.
Brasil
Em uma nova onda, a média móvel de casos da covid-19 no Brasil atingiu nesta 6ª feira (21.jan) o maior número desde o começo da pandemia, 117.797.
De acordo com o Ministério da Saúde, foram 166.539 casos nas últimas 24h, fazendo o total de diagnósticos confirmados desde o início da pandemia ir para 23.751.782.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, já admitiu que a ômicron gerou uma 3ª onda da covid no Brasil. Justamente por isso o Ministério da Saúde já analisa a possibilidade de reativar leitos para tratar os infectados pelo vírus.
Espanha
Com mais de 80% da população totalmente vacinada, a Espanha quer mudar a forma como controla a pandemia para regressar à vida normal.
O país já discute tratar a covid-19 como um vírus endêmico e sazonal, como se faz com a gripe. A OMS, entretanto, classifica a ideia como “precipitada”, já que Espanha registra uma média móvel de 109.175 casos, segundo dados de 3ª feira (18.jan).
A variante ômicron multiplicou os casos, mas sem tantas mortes ou internações. As mortes estão tendo alta de 147% em relação às últimas duas semanas, uma média de ?126.
Estados Unidos
A ômicron tem feito os Estados Unidos voltarem a registrar mais de 1 milhão de casos diários da covid. Quando o 1º caso da nova cepa foi identificado, a média móvel de casos estava em 85.133. Agora, o país registra uma média de 760.881 e recordes diários de casos.
As mortes também avançaram, voltando a ultrapassar a barreira de 1.500 por dia. A média de 3ª feira é de 1.878 mortes por dia no país.
Apesar disso, a nova onda começa a dar sinais de estabilização. Estados como Nova York, Nova Jersey e Maryland já registram uma queda ou estabilização nos casos.
França
Cepa dominante na França desde o fim de 2021, o uso de máscaras de proteção ao ar livre voltou a ser obrigatório em Paris para todas as pessoas com mais de 11 anos de idade.
No dia 30 de novembro de 2021, 1ª vez que a ômicron foi localizada, a média móvel de casos era de 31.403. Agora, o país enfrenta 220.920 como média de casos. As mortes também registraram alta.
Se antes a média era de 70, agora, são 220 mortes no país europeu, que conta com 69,30% da população com o ciclo vacinal completo.
Israel
Referência em vacinação contra a covid-19, Israel também viu uma nova onda de casos por causada pela ômicron. A nova cepa, entretanto, não provocou grandes danos ao país.
O diretor-geral do Ministério da Saúde, Nachman Ash, disse que não houve aumento no número de pacientes com covid-19 que precisam de suporte respiratório, um indicador dos casos mais críticos.
Continuando com uma agressiva campanha de vacinação, o país pode começar a vacinação de bebês contra a covid em abril. Com a medida, a idade mínima para tomar o imunizante cairia dos atuais 5 anos para apenas 6 meses.
Itália
A Itália registrou 434 mortes por covid-19 nesta 3ª feira (18.jan), maior desde 14 de abril do ano passado. Foram ainda 228.179 novos casos, um novo recorde de toda a crise sanitária.
A média móvel de casos saltou de 14.684 no dia 6 de dezembro para 177.652 na 3ª feira (18.jan). Apesar disso, a nova onda começa a dar sinais de que está se estabilizando. Desde o dia 14 de janeiro que a média móvel permanece em cerca de 177.000 casos.
Peru
Para conter o avanço no número de casos, o Peru anunciou que manterá fechadas suas fronteiras terrestres, em vigor desde março de 2020. O Peru busca conter a 3ª onda da pandemia com capacidade reduzida em shoppings e aumento da vacinação para evitar infecções massivas.
O governo reduziu para 40% a capacidade em shoppings, restaurantes e espaços fechados em 24 províncias do país, incluindo Lima, classificada como de alto índice de pandemia.
O país andino conta com a maior taxa de mortalidade por covid-19 no mundo. Atualmente o Peru registra uma média móvel de 36.521 casos, uma alta de 869% em comparação com os últimos 14 dias.
A média de mortes fica em 70, uma alta de 72%. Os dados são de 3ª feira (18.jan).
Portugal
Portugal registou na 4ª feira (19.jan.2022) 52.549 novos casos de covid-19 nas últimas 24 horas, um novo recorde para o país europeu. O boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS) mostra que este foi o número mais alto desde fevereiro do ano passado.
O país enfrenta uma crescente no número de casos por causa da variante ômicron, fazendo Portugal ultrapassar a marca dos 2 milhões de infetados (2.003.169), com um total de 19.413 mortes.
Apesar da alta nos casos, o país conta com a maior taxa de vacinação da UE (União Europeia), com 90% da população imunizada e o número de internações e mortes é menor do que em outros surtos.
Estão internados nos hospitais 1.955 pessoas, dos quais 160 estão em UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo). Em janeiro de 2021 estavam internadas 2.806 pessoas, sendo 483 em UTIs.
Reino Unido
Considerado outro exemplo positivo de como funciona uma onda de casos gerada pela ômicron, o Reino Unido começou a dar sinais de desaceleração no número de casos do coronavírus nos últimos dias.
No começo de 2022, o país chegou a contabilizar 218.705 casos em 1 dia, com uma média de 180.528 infecções. Agora, a média está em 97.794, com 93.890 casos na última 3ª feira (18.jan).
O pico de casos desde a descoberta da ômicron foi em 4 de janeiro, com 218.705 casos em 24h. O país europeu já anunciou que o uso de máscaras não será mais obrigatório e o teletrabalho não será mais exigido a partir de 27 de janeiro.
Rússia
O aumento de casos na Rússia têm gerado preocupação em autoridades do país. O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou no dia 12 de janeiro que a situação do vírus no país é “muito difícil” e pediu que as autoridades de saúde se preparem para um possível novo surto.
No país, menos de 50% da população está completamente imunizada. Após uma acentuada queda no mês de dezembro, a Rússia voltou a registrar mais de 30 mil casos diários do coronavírus.
As mortes, entretanto, estão em queda. A média de mortes é 17% menor quando comparado com os últimos 14 dias.
Fonte: Poder 360