O Ministério Público do Estado do Piauí recomendou a anulação do concurso público para agentes penitenciários, realizado no último dia 18 de setembro. De acordo com a promotora Leida Diniz, a medida foi motivada após informações do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) sobre a descoberta de fraude no certame, que resultou na prisão de quatro pessoas em Teresina, entre elas um advogado.
"A distribuição ou venda de gabaritos das provas, confirma a quebra do sigilo do conteúdo destas, representando uma violação ao princípio de moralidade, que torna o concurso público imprestável à sua finalidade, devendo ser anulado", explicou a promotora.
Além da anulação do concurso, a recomendação pele a devolução do dinheiro da taxa de inscrição para todos os candidatos que participaram do certame e orienta ainda que sejam tomadas providências para realização de um novo concurso.
A recomendação é destinada ao secretário de Justiça do Piauí, Daniel Oliveira e ao diretor do Núcleo de Concursos e Promoção de Eventos (Nucepe), Jorge Martins, que têm dez dias a partir da data de recebimento, pra se manifestarem.
O concurso teve mais de 7 mil pessoas inscritas. De acordo com edital serão classificados 400 candidatos para o cargo de agente penitenciário com remuneração bruta em R$ 5.966,14. O concurso prevê ainda que os 75 primeiros classificados serão chamados de forma imediata.