Saúde
Momento exato do parto pode ser revelado por exame de sangue
Muitas mulheres grávidas ficam ansiosas para saber exatamente quando darão à luz e, em breve, um simples exame de sangue poderá revelar.
No momento, sabe-se que, em 40 semanas a partir do primeiro dia de sua última menstruação, bebês devem nascer. Mas algumas dão à luz semanas antes disso, enquanto outras vão além dessa data e podem precisar induzir o parto.
Ina Stelzer, da Stanford University, Califórnia, e seus colegas estão investigando uma nova abordagem que envolve rastrear como o corpo responde aos sinais do feto e se prepara para o parto. “O sangue mostra que o parto está se aproximando”, diz ela.
A equipe de Stelzer coletou amostras de sangue de 53 mulheres grávidas e as testou de várias maneiras entre uma e três vezes durante os últimos 100 dias de gravidez. Os pesquisadores analisaram cerca de 5.000 produtos bioquímicos e realizaram mais de 2.000 testes em células do sistema imunológico em seu sangue.
Duas a quatro semanas antes do nascimento, a equipe descobriu que houve uma mudança nos padrões hormonais das mulheres e uma queda na atividade das células imunes inflamatórias, refletida por mudanças nos biomarcadores sanguíneos.
Os pesquisadores construíram um modelo de previsão usando 45 dos biomarcadores e testaram em outras 10 mulheres. Stelzer acredita que, conforme os resultados de mais mulheres forem sendo adicionados ao modelo, ele se tornará mais preciso. Os pesquisadores ainda não testaram se o modelo funcionaria para gestações múltiplas ou homens trans gestantes.
“Se transformado em um teste comercial, pode ser útil para saber se as mulheres grávidas têm probabilidade de dar à luz prematuramente”, diz Rachel Tribe, do King’s College London (KCL). No momento, é necessário coletar uma amostra do fluido vaginal e fazer uma varredura para medir a posição do colo do útero.
Esse teste também pode ajudar se os médicos estão preocupados com a condição do feto e querem saber se o nascimento é iminente ou se eles precisam induzir o parto, diz Andrew Shennan, também do KCL.
Fonte: Revista Planeta