Política
Lula tem presença tímida nas eleições Municipais.
A presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições municipais de 2024, não é garantia de disputa fácil para os candidatos às prefeituras apoiados por ele neste ano. Pelo contrário: os concorrentes da esquerda, além de acumularem altas taxas de rejeição, estão atrás nas pesquisas na grande maioria nas capitais — e na liderança só em uma, mas não por mérito de Lula.
O candidato à reeleição em Recife (PE), João Campos (PSB), é o único nome apoiado por Lula que desponta, com folga, em primeiro lugar. Último levantamento da Quaest* na capital pernambucana, divulgado em 28 de agosto, mostra Campos liderando com 80% nas intenções de voto. Embora a candidatura dele esteja aliada com o PT na cidade, Campos não usa o nome de Lula na campanha e conta com sua própria popularidade entre os eleitores recifenses.
Em outras três capitais, os nomes apoiados por Lula estão empatados tecnicamente com outros candidatos no primeiro lugar: Guilherme Boulos (Psol) em São Paulo**; Adriana Accorsi (PT) em Goiânia***; e Maria do Rosário (PT), em Porto Alegre. Dois deles estão entre os candidatos do país com maiores taxas de rejeição nas capitais, segundo dados da Quaest: Maria do Rosário tem 48%****, enquanto Guilherme Boulos tem 45%.
A maior rejeição a um candidato entre as capitais também pertence a um nome apoiado por Lula. O atual prefeito de Belém, Edmilson Rodrigues (Psol), cujo candidato a vice é o petista Edilson Moura (PT), está com a taxa em 69%*****. Ele tem apenas 15% de intenção de voto, e enfrentou crise em sua gestão com problemas na coleta de lixo na cidade.
Em Manaus,o petista Marcelo Ramos (PT), ex-deputado federal, que concorre à prefeitura da cidade, tem 48% de reprovação do eleitorado. Os números não são muito diferentes dos do próprio Lula. Apesar de ter diminuído nos ultimos meses, a reprovação da gestão do presidente da República estava em 43% segundo levantamento da Quaest****** divulgado no dia 10 de julho.
Os dados fazem com que a candidata do PT em Goiânia, Adriana Accorsi, tente se descolar do presidente, apesar de eles serem correligionários. A candidata evita usar vermelho e, em vez de falar o número 13, pede para que o eleitor “digite um, digite três”.
Fonte: Jornal da Gazeta