Política

General preso precisa trazer novos envolvidos para fechar delação, diz PF

Um membro da cúpula da Polícia Federal não vê razão para firmar acordo de colaboração premiada com o general Mário Fernandes, indiciado por tramar um golpe de Estado, a menos que ele traga informações sobre pessoas ainda não incluídas na investigação.

Fernandes é um dos principais personagens da trama golpista revelada pela PF, que envolvia até conspirações para matar o ministro Alexandre de Moraes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

Foto: Eduardo Menezes/Secretaria-Geral da PresidênciaBolsonaro ao lado do general Mário Fernandes
Bolsonaro ao lado do general Mário Fernandes

A CNN informou que Fernandes cogita colaborar com os investigadores e trazer mais elementos sobre o envolvimento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seu candidato a vice em 2022, general Walter Braga Netto.

Bolsonaro e Braga Netto foram indiciados pela PF na mesma investigação. No entanto, de acordo com a CNN, o general Mário Fernandes estaria incomodado com a versão ventilada por outros indiciados segundo a qual ele seria o grande artífice do golpe e não obedecesse a um comando superior.

Fernandes precisaria apresentar informações e provas robustas para convencer as autoridades a aceitarem um acordo. Na concepção desse investigador ouvido pela coluna, o relatório final da PF é consistente o bastante, e não requer mais elementos para embasar uma eventual denúncia e condenação.

A situação só mudaria se ele envolvesse novos personagens cuja atuação na trama ainda não foi destrinchada.

Fonte: Uol