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Daniel Silveira, criminoso, estava brincando, segundo ministro

Foto: Reprodução/ Isto ÉDaniel Silveira, criminoso, estava brincando, segundo ministro
Daniel Silveira, criminoso, estava brincando, segundo ministro

Ricardo Lewandowski jamais se importou em ‘votar sozinho’ ou mesmo ‘passar vergonha’ em nome da defesa intransigente de Lula e do PT. Não raro, aliás, protagonizou vexatórios bate-bocas com seus colegas de Corte, que insistiam em condenar corruptos e lavadores de dinheiro do mundo político-empresarial.

Seus votos contumazes a favor da cleptocracia lulopetista vêm desde o mensalão. Meu xará, inclusive, chegou, ao lado de Renan Calheiros, a rasgar a Constituição Federal, ao vivo e em cores, durante o processo de impeachment de dona Dilma Rousseff, quando preservou seus direitos políticos sem amparo legal.

Indicado ao Supremo pelo meliante de São Bernardo, por causa da amizade com a família de Marisa Letícia, Ricardo jamais decepcionou ou deixou de estender a toga amiga a quem lhe confiou o cargo. E antes que queiram ‘me prender’ por minha singela opinião, um aviso: não o considero desonesto, apenas, digamos, influenciável.

Kássio Nunes Marques promete ser o Lewandowski do bolsonarismo. Desde que assumiu, indicado pelo verdugo do Planalto, jamais contrariou os interesses do ‘mito’, e vem votando sistematicamente de forma alinhada aos anseios e desejos do patriarca das rachadinhas e das mansões milionárias à preços de banana podre.

Até mesmo em relação à Lava Jato, o fiel afilhado do amigão do Queiroz não decepcionou a malta bolsonarista, e enterrou de vez a Operação, ao lado de outro nomeado por Bolsonaro, o PGR Augusto Aras. Nunes Marques vem repetindo, portanto, a mesma lógica do colega Ricardo Lewandowski, apenas com o ‘sinal trocado’.

No julgamento desta tarde-noite de quarta-feira (20/4), que condenou o arruaceiro golpista, travestido de deputado bolsonarista, o brutamontes Daniel Silveira, que queria espancar os ministros do STF, além de fechar a Corte e prendê-los, Kássio com K foi o único a absolver o criminoso, alegando que tudo se tratou de, pasmem!, bravatas.

Sim, o togado, alinhado a Bolsonaro e sua turma, considerou as graves ameaças – físicas e institucionais – brincadeirinha juvenil. Por quê? Bem, só ele pode dizer, já que os vídeos e os áudios, reiterados e em tempos distintos, não autorizam qualquer dúvida sobre a gravidade e a realidade criminosa dos fatos julgados pelo Supremo.

Vencido por 10 a 1, Marques agradou a Bolsonaro, mas se tornou uma espécie de ‘carta marcada’ no STF. Seus colegas agora sabem do que é capaz. Já para o azar de Silveira – condenado a mais de 8 anos de prisão, com perda do mandato e suspensão dos direitos políticos -, e sorte do Brasil, há apenas um Kássio com K, ainda que na companhia de um Gilmar com G e um Ricardo com R, dentre outros.

Fonte: Isto é