Saúde
Borderline: o que é e quais os sintomas do transtorno?
Só em 1980 a personalidade borderline foi reconhecida como um transtorno psicológico. Desde então, cada vez mais pessoas recebem o diagnóstico da doença. Apesar disso, ainda existe muita confusão sendo feita entre esse e outros problemas de saúde mental.
O borderline, ou personalidade limítrofe, afeta a maneira como uma pessoa pensa sobre os outros e sobre si mesma, de forma a atrapalhar suas relações cotidianas.
Por isso, reconhecer o quadro e buscar tratamento é fundamental para pacientes acometidos por esse mal. Ficou interessado no assunto? Continue a leitura e conheça as características desse transtorno a seguir.
Muitos fatores que podem causar a personalidade limítrofe são conhecidos pelos especialistas. Apesar de ainda não termos certeza sobre como a doença começa no cérebro, já é possível apontar potenciais causas.
Sabe-se, por exemplo, que o problema tem fatores genéticos envolvidos. Isso porque é comum afetar diferentes pessoas de uma mesma família, como pais, filhos e irmãos. Portanto, o histórico familiar representa uma pré-disposição.
Apesar disso, existem também fatores ambientais, culturais e sociais que podem engatilhar o quadro. Muitos pacientes relatam casos de abuso ou abandono na infância, que acabaram por gerar traumas duradouros.
Além do mais, vários estudos mostram que a vivência de dificuldades durante a infância pode causar alterações na estrutura e na forma de funcionamento do cérebro. Esses e outros tantos fatores podem agravar os casos de borderline.
Existem pessoas que não se enquadram que possuem diagnóstico, assim como outras que se enquadram nessas condições, mas não possuem personalidade limítrofe. O diagnóstico só pode ser dados por um especialista – lembre-se disso!
Quais são os sinais do transtorno borderline?
Psiquiatras, psicólogos e assistentes sociais são alguns dos profissionais responsáveis por identificar casos de transtorno borderline e encaminhar os pacientes para o tratamento.
Existem alguns sintomas e sinais que podem indicar a necessidade de buscar ajuda de um médico, como:
Medo extremo de abandono, muitas vezes injustificado, que influencia nos relacionamentos;
O envolvimento contínuo e seguido em relacionamentos intensos e, muitas vezes, breves, geralmente com a idealização do papel do parceiro;
A ocorrência de mudanças rápidas na auto-imagem transmitida para os outros;
Vivência de momentos de paranoia intercalados, muitas vezes relacionados ao estresse cotidiano;
Comportamento impulsivos e arriscado, como jogos de azar, direção imprudente, sexo inseguro, farras, compulsão alimentar ou abuso de drogas;
Atitudes de autossabotagem na vida amorosa ou profissional;
Automutilação e, em alguns casos, ameaças suicidas;
Mudanças drásticas de humor que podem durar horas ou dias;
Sensação contínua de vazio;
Impulsos de raiva em situações descabidas, perda frequente de paciência, sarcasmo, amargor e, até mesmo, envolvimento em brigas físicas.
Pessoas que se identifiquem com um ou mais sinais entre os citados a cima e desconfiam sofrer de personalidade limítrofe, devem buscar um especialista para ter um diagnóstico adequado.
Existe tratamento para a síndrome de bordeline?
Somente passando por um especialista é possível dar início ao tratamento. Além de indicar as medidas necessárias para que o paciente se recupere, ele também pode descartar outras condições similares de saúde mental, como depressão ou transtorno bipolar.
Normalmente, a doença é diagnosticada no final da adolescência ou começo da vida adulta. Apenas em casos específicos o diagnóstico é dado a menores de idade. Para isso, os sintomas devem ser muito característicos e durar por, pelo menos, um ano.
O problema pode ser tratado, graças ao avanço da medicina e das terapias comportamentais. Apesar disso, é necessário persistência e paciência para que os primeiros resultados comecem a aparecer.
Os profissionais de saúde mental podem indicar a psicoterapia, principalmente das linhas comportamental dialética ou cognitivo comportamental e, para determinados casos, o uso de medicamentos.
A prescrição de remédios, entretanto, ainda enfrenta controvérsias no caso de pessoas com personalidade limítrofe, já que faltam evidências que provem a capacidade dos fármacos disponíveis atualmente de resolver o problema. Apesar disso, eles podem ser usados para aliviar certo sintomas.
Se cercar de pessoas que lhe fazem bem, buscar atividade relaxantes, cuidar da alimentação e praticar atividades físicas também são medidas que beneficiam não só os pacientes de borderline, como todos nós.
Lembre-se: a síndrome de personalidade borderline é um transtorno mental que pode ser tratado. Desde o reconhecimento da doença, cada vez mais pessoas buscam o diagnóstico e muitas, com o tratamento certo, hoje levam uma vida plena.
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Fonte: Tecmundo