PIAUÍ
Alunas de Psicologia da Uespi fazem intervenção em abrigo de Teresina
Essa foi a segunda vez que o grupo visitou o local. A estudante do décimo bloco de Psicologia, Mila Lima, explicou que as atividades da visita foram complementares à primeira ida ao local, nos dias 8 e 9 de junho. “No primeiro encontro, eles construíram um cartaz que representasse a infância e as pessoas que foram importantes nessa fase. Eu pude ver que foi um momento muito significativo para eles, que também tiveram que trazer para esse encontro um objeto que retratasse a infância de cada um”, disse Mila.
Fernanda Lira Lopes e Marcos Antônio de Sousa, cuidadores do abrigo, trouxeram uma chupeta e uma bola, respectivamente. “Relembrar de tudo isso foi uma experiência muito bacana, rimos bastante porque eu sempre fui muito sapeca. As meninas me perguntaram se eu já fiz com as crianças daqui alguma atividade que eu fazia quando eu era criança. Eu respondi que voltei a ser criança com os meninos. Eu jogo futebol. Já pensou, eu empinando pipa com eles?”, disse Fernanda, aos risos. “Esses encontros nos auxiliaram bastante a ter uma noção de como lidar com elas e tentar sempre trabalhar para que se sintam em família”, disse Marcos.
O Abrigo Reencontro é mantido pela Prefeitura de Teresina e recebe cerca de 20 crianças de 0 a 12 anos que foram retiradas dos pais por decisão judicial, encaminhadas por meio do Conselho Tutelar ou da Vara da Infância. No total, 13 cuidadores se revezam para o acompanhamento das crianças no local.
“Essas dinâmicas os fizeram refletir sobre o cuidado para agirem na prática, trazendo aspectos da própria infância deles. Essa ação também foi muito importante para a nossa formação porque vivenciamos, na prática, a atuação do psicólogo”, afirmou Fabiana Rodrigues, do oitavo bloco do curso.
“O nosso objetivo é trabalhar a prevenção em saúde mental na infância. É também trabalhar com os cuidadores para melhorar a qualidade da atenção que eles prestam a essas crianças”, completou a coordenadora do projeto, profª Ângela de Sousa Carvalho. A alunas terão que apresentar relatório sobre as atividades feitas.
Para a gerente executiva do abrigo, de Paiva Dias, essa foi a primeira vez que um grupo de universitários buscou atingir os cuidadores. “Essa proposta para a gente foi um presente. Ter uma formação como essa só melhora a produtividade e o relacionamento entres eles mesmos e com as crianças”, explicou Luciana.
Ângela de Sousa Carvalho explica ainda que o programa de extensão é aberto para qualquer instituição que atenda a primeira infância na cidade de Teresina. Nessa primeira fase, sete alunas participaram das ações. No próximo semestre, outros estudantes serão selecionados para trabalhar com outras instituições.