Informalho: Jotta Rocha
Jotta Rocha. Jornalista e escritor, com ampla experiência nas redações de jornais, revistas e emissoras de rádios de Teresina e interior do Piauí e Maranhão
Violência tira Paz no Trânsito e desvaloriza a Vida
A campanha pela "Paz no Trânsito e em Defesa a Vida”, passou uma semana em atividade, hoje 25, terá grande encerramento com concentração na ponte João Isidoro, às 17:00h, mas os frutos não foram tão favoráveis: morrem 14, 7 motociclistas por cada 100 mil habitantes no Piauí – adicionando pedestre o caso fica mais assustador.Mesmo com todo empenho do Ministério Público, Detran, Strans, Polícia Militar, Ciptran, PRF, Sindiciato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado do Piauí: realizando panfletagem com faixas e entrega folders, audiências públicas Câmara/ALP, blitz e barreiras policiais, veiculação de vídeos institucionais TV, spots emissoras de rádios, palestras em escolas – “Unindo Forças no Combate à Violência no Trânsito” -, notamos que a falta de atenção, de habilidade e de prudência ainda falam mais alto no trânsito piauiense.
Em julho, último, publicamos estatística do IBGE/Denatran com números das 10 cidades brasileiras com maior número de motos por habitante (pesquisar na Coluna InforMalho: 11/07/11) e, o Piauí tem cidade entre essa dez; contrário do que a maioria das pessoas pensa a cidade de São Paulo, por exemplo, não faz parte desta lista. Aliás, apenas três cidades do Estado de São Paulo estão entre as dez, mas todas no interior. Quem encabeça a relação é uma cidade em Rondônia (Ji-Paraná), seguida por uma em Tocantins (Araguaína). Completando o pódio desta lista vem Araçatuba, localizada no interior de São Paulo.
1ª – Ji-Paraná (RO): 26,4 motos a cada 100 habitantes
Localizada em Rondônia, Ji-Paraná possui uma população de 116.610 habitantes, sendo apenas a 225ª cidade mais populosa do Brasil.
A cidade de Parnaíba (PI): 19,9 motos a cada 100 habitantes, ocupa a 10ª colocação. E é no estado do Piauí que a lista de cidades com mais motos por pessoa acaba, lembrando que o levantamento feito pelo IBGE e o Denatran e levou em consideração municípios com mais de 100 mil habitantes; cidades menores está havendo mudança no tradicional Manuel ao gado: vaqueiros modificam “ferramenta”, isolam o cavalo, substituindo o animal por moto (sem placa, sinaleira, capacete, enfim... autoridades devem adotar providências: motos são legais? Os pilotos habilitados?)
Sabemos que a violência no trânsito envolve o não uso de capacete, uso de álcool e drogas, condutores não habilitados, falta de respeita às normas de trânsito.
Os dados do Hospital de Urgência de Teresina-HUT, nos mostra que 70% dos casos atendidos são relativos a acidentes com motocicletas: 80% deles morrem e os que conseguem sobreviver levam de “cortesia” seqüelas graves.
Nessa semana: tivemos até “Dia Mundial Sem Carro”, recebi texto de jovem estudante do 2º ano do UNESP (Parque Piauí), achei interessante e fecho a Coluna de hoje com o texto do Auryo Mesquita... valeu, garoto!
Tema: Existe soluções para a violência no trânsito?
Trafegando na confusão do trânsito
Auryo Mesquita
A criação de estradas, viadutos, pontes... seria a resposta dos engarrafamentos? A solução para a violência no trânsito? Claro que não! Isto iria só amenizar, mas não resolver o problema.
Técnicas de relaxamento, uma melhor organização do cotidiano e uma reeducação no trânsito, estes sim, seriam as melhores medidas para a diminuição da violência nos engarrafamentos, entretanto sem descartar as obras de infra-estrutura.
A principal causa dos estressantes congestionamentos é a falta de espaço e acessibilidade. Não se deve, somente, se prender às soluções citadas acima, porém buscar formas de transportes alternativos: o metrô e o ônibus, por exemplo, entretanto, bem estruturados e de qualidade, como ocorre em nações européias.
A bicicleta, outro modelo de meio alternativo de locomover-se, é bastante versátil e popular em países desenvolvidos, onde existem ciclovias. Uma ótima solução aos congestionamentos, a bicicleta é também bem menos nociva ao planeta.
Além das soluções ditas à cima, é bom ressaltar outras; seria alcançado um resultado mais satisfatório se fossem postas em ação punições mais severas e se a lei seca não perdesse o ‘fôlego’, já que o álcool é um grande contribuidor para a violência no trânsito e em outros lugares.
Enfim, com a conscientização da sociedade para ter paciência e respeito, e com métodos para ‘desafogar’ o tráfego é sim possível reduzir, e muito, as brigas no trânsito, mas isto depende dos nossos governantes...