Dr. Valrian Feitosa

Informalho: Jotta Rocha
Jotta Rocha. Jornalista e escritor, com ampla experiência nas redações de jornais, revistas e emissoras de rádios de Teresina e interior do Piauí e Maranhão

Verminose favorecida pela ausência de Saúde Sanitária

 AGRAVANTE PARA A SAÚDE: 2 DECADAS PIAUÍ SEM  INSPEÇÃO DE CARNE E POUCA RELEVÂNCIA SANITÁRIA AO ALTO ÍNDICE DE VERMINOSE.


      Inconscientes podemos estar nos auto contaminando ao levarmos às residencias produtos de consumo alimentar sem a devida inspeção; o fechamento do Frigorifico do Piauí-FRIPISA, 20 anos atrás, expõe o consumidor piauiense a esse paradigma sem nenhuma providência das autoridades. Hoje, corremos risco de consumir carne contaminada, comercializada livremente - saindo de pequenos, médios e grandes abatedouros, frigoríficos (e os chamados clandestinos) a saúde sanitária fica sempre em 2º/3º plano.

Carne clandestina circula livremente

      Aves, suínos, caprinos, gado entre outras espécies não recebem  inspeção veterinária, os locais de abates não apresentam  segurança para a prática e as pessoas que trabalham no setor possuem capacitação? Até mesmo a comercialização é questionada. Levamos esses dados à presidente do Sindicato dos Médicos, Lúcia Santos, em entrevista recente (não tinha nenhum conhecimento dos fatos, como também o CRM), a Fundação Municipal de Saúde, também foi alertada, a "Coluna" não ver, até o momento, ação das autoridades: a legislação é clara, exige a criação de órgão para inspeção e fiscalização pode ser de nível federal, estadual e/ou municipal mas, os legisladores desconhecem. Outro agravante, o saneamento básico é baixíssimo o que favorece o alto índice de verminose que atinge a população, como nos relata o médico Moisés Eli Magrisso-CRM 8708-RS, preocupado com a pouca relevância que as autoridades sanitárias vêm dando ao índice de verminose, principalmente na população na faixa etária escolar. A "Coluna InforMalho" reproduz o material enviado pelo profissional da saúde: 

 

 

 

 

água sem tratamento, favorece verminose
 O meio médico não desconhece essa triste realidade, que pode levar à morte se o problema atinge um corpo debilitado pela desnutrição, o que não é incomum em algumas áreas do país.

Esse descaso pode ser medido por problemas estruturais, como falta de vermífugos nos postos de saúde, de políticas públicas voltadas para o tema, e de campanhas esclarecedoras.

O grande alerta que faço é para que a verminose seja considerada como realmente é: um fator agravante para a saúde, responsável por baixo rendimento escolar, mortes prematuras e males neurológicos que comprometem a saúde mental.
 
 Pelo menos 20% das baixas hospitalares têm relação direta ou indireta com a verminose, e pelo descaso com esta infestação, a OMS classificou as parasitoses, como doença negligenciada. 
 
 Sem saúde, nenhum projeto educacional consegue o efeito desejado.

Sugerimos a todos os municípios, para que instituem a SEMANA MUNICIPAL DE PREVENÇÃO E COMBATE À VERMINOSE, como ocorre nos municípios de Gravataí, Porto Alegre, Canoas, São Jerônimo e Rio Grande.
 
 Segundo as estatísticas levantadas pelo Sabin Vaccine Institute, as doenças negligenciadas afetam mais de 200 milhões de pessoas em toda a América Latina e Caribe. No mundo, o número ultrapassa a marca de R$ 1,4 bilhão de pessoas.

NO DIA EM QUE TODOS SE PREOCUPAREM EM PREVENIR E TRATAR A VERMINOSE,
CERTAMENTE DIMINUIRÃO EM PELO MENOS 20%, AS DOENÇAS, AS HOSPITALIZAÇÕES E AS MORTES CAUSADAS DIRETA OU INDIRETAMENTE PELOS PARASITAS.

 
Dr. Moisés Eli Magrisso – CREMERS 8708