Dr. Valrian Feitosa

Edgar Rocha
Bacharel em Comunicação Social (Jornalismo)_UFPI e graduado em Letras pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Pós-graduado em Comunicação e Linguagens (UFPI), com atuação na área de educação e no jornalismo impresso, on line, e no rádio. (86) 8836 6357 / 9966 9377

Polícia Civil do Maranhão em estado de greve

A Polícia Civil do Maranhão está em greve a partir desta terça-feira,22, por tempo indeterminado. A classe reivindica, entre outros benefícios, melhoria salarial, melhores condições de trabalho e aumento do efetivo através de um novo concurso público.
De acordo com o agente Fernando Keller Castelo Branco, integrante do sindicato dos policiais civis do Maranhão, a categoria não tem reajuste anual desde 2008, de o modo que seus salários estão bastante defasados. A classe está negociando um percentual em torno de 5% sobre seus vencimentos. Segundo o agente, o governo sinalizou positivamente para o reajuste, e tudo está dependendo de um acordo entre categoria e governo para saber se aceita ou não o reajuste reivindicado.
Os policiais reivindicam também melhores condições de trabalho, das quais, melhoria e ampliação das instalações de delegacias, mais viaturas e armamentos, e mais pessoal. “Nossas delegacias estão abandonadas e com péssimas estruturas”, destacou o policial Keller, ressaltando que Timon conta com três distritos e três delegacias especializadas.
Um outro problema, é a superlotação nos distritos com presos esperando uma vaga na penitenciária Jorge Vieira que está lotada. A categoria quer desafogar os distritos com a proposta de ampliação destas delegacias, com mais celas com o objetivo de manter a integridade física dos policiais plantonistas que tem que conviver durante a noite com os distritos lotados, pondo suas vidas em risco.
Segundo o delegado Ricardo, em outro momento, as delegacias de Timon possuíam antigamente duas celas cada uma, mas como houve uma época em que a violência havia diminuído em Timon, pelo menos uma destas celas foram desativadas. Segundo o delegado, a lei não permite manter presos da Justiça em distrito, mas a situação obriga a isso.
Com a popularização do craque e outros fatores, a violência voltou a imperar em Timon, e, agora, os distritos estão lotados. Enquanto os policiais cruzam os braços, a violência tende a ficar incontrolável em uma cidade onde já foram assassinadas mais de oitos pessoas nos dois primeiros meses do ano, segundo dados da delegacia de Homicídios.