Dr. Valrian Feitosa

Prof. Naldo
Francinaldo de Sousa Bezerra. Graduado em História pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Pós-graduado em História do Brasil e professor da rede estadual de ensino no Piauí e Maranhão. Produtor de eventos, crítico político e cultural.

No primeiro dia de greve nacional professores param sessão para pedir veto à lei do governo

Os deputados da Assembleia Legislativa do Piauí suspenderam a sessão plenária desta quarta-feira (14) para se reunir com representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Estado (Sinte). O objetivo foi discutir a proposta salarial enviada pelo governo.


A proposta enviada pelo governo é de incorporar a regência ao salário dos professores. "Para cumprir o piso salarial que é lei, o governo quer incorporar a regência ao nosso vencimento. Consideramos isso uma perda e um ato inconstitucional", afirmou a presidente do Sinte, Odenir de Jesus.


O governo enviou a proposta ontem para a Assembleia e esta deve ser encaminha para a CCJ. A regência paga aos professores tem um valor médio de R$ 250. "Isso é indecente. Eles querem complementar o piso de R$ 1.187,00 com a regência. Queremos que a Assembléia rejeite a proposta", disse a presidente do Sinte.

 

 

O deputado Firmino Filho (PSDB) culpa o Governo Federal pelo impasse. E não isentou o Estado. "Houve um erro de planejamento financeiro por parte do Governo do Estado, que já sabia do aumento do piso por parte do Governo Federal", disse.


Enquanto estavam reunidos na sala da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), os servidores da Educação municipal faziam manifestação paralela do lado de fora da Assembleia.


 


O deputado João de Deus (PT), que é professor, foi vaiado pelos manifestantes durante a reunião. Segundo o presidente da Alepi, deputado Themístocles Filho (PMDB), a proposta ainda deve passar por várias comissões técnicas antes da votação em plenário. "Durante esse tempo, teremos a oportunidade de discutir a proposta e chegar a um consenso. Vamos fazer um esforço concentrado para uma saída negociada", completou.


 


Os professores da rede pública estão em greve há 37 dias. Na próxima sexta-feira (16), às 10h, os servidores municipais de Educação participarão de uma audiência pública na Câmara de Vereadores. Antes, às 8h30, eles realizam um ato em defesa da Educação no local. Participam da audiência o Sindserm e o Ministério Público Estadual.


 


"A prefeitura foi convidada, mas não sabemos se o prefeito virá ou se mandará um representante. Até agora, não fomos chamados para negociar", afirmou o presidente do sindicato, Sinésio Soares.


Nesta quinta-feira (15), às 8h, os professores farão uma manifestação em frente à Secretaria Municipal de Educação. Também será feita um protesto no município de Picos (306 km de Teresina                 

FonteCidadeverde.com