Edgar Rocha
Bacharel em Comunicação Social (Jornalismo)_UFPI e graduado em Letras pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Pós-graduado em Comunicação e Linguagens (UFPI), com atuação na área de educação e no jornalismo impresso, on line, e no rádio. (86) 8836 6357 / 9966 9377
Na Jorge Vieira, mulheres levam celulares na vagina e detentos escondem na 'bunda' nas fiscalizações
Francisco de Assis - diretor da penitenciária Jorge Vieira / foto: Edgar Rocha
Como os aparelhos entram na prisão
Mulheres e namoradas de detentos que visitam a penitenciária Jorge Vieira em Timon, estão levando drogas e telefones celulares na vagina para seus ex-companheiros. A informação foi dada pelo diretor do presídio Giácono Francisco.
Segundo o diretor, foram apreendidos cerca de 30 telefones celulares em menos de um ano. “Somente em uma semana, nós apreendemos cinco telefones celulares na entrada da penitenciária em nossa cadeira detectora de metais”, disse.
Drogas e celulares em presídios é um problema nacional no sistema penitenciário, pois as mulheres levam o aparelho dentro da vagina envolto em papel carbono que tem a capacidade de passar pelo detector de metais sem alarmar. “O Carbono é uma substância que, uma vez enrolado no objeto metálico, consegue impedir a detecção eletrônica do metal”, contou, destacando que isso é um problema para o sistema penitenciário.
Nas visitas íntimas não têm como isso ser evitado porque as mulheres entram no recinto, que não pode ser acompanhado, e lá retiram tanto celulares como drogas da vagina.
“De vez em quando, a gente flagra mulheres tentando entrar com celular e com drogas. Quando flagramos, encaminhamos elas à delegacia, mas logo são liberadas porque não existe mecanismos na lei para que este tipo de conduta resulte em prisão”, contou.
PRESOS ESCONDEM TELEFONES CELULARES NAS NÁDEGAS E, ÀS VEZES, DENTRO DO ÂNUS PARA ESCAPAR DA FISCALIZAÇÃO
Nas revistas constantes, flagramos detento transportando celulares até nas nádegas, para tentar burlar a fiscalização rotineira. O diretor da Jorge Vieira contou que os presidiários enrolam o telefone com fita adesiva pelo lado inverso para que o papel possa colar o aparelho entre as duas nádegas. “Geralmente eles escolhes aqueles companheiros de cela que tem a “bunda” mais avantajada para tentar disfarçar a fiscalização porque geralmente eles só mostram a frente e agachados. Já flagramos um caso em que um detento escondeu um pequeno aprelho no ânus, mas a gente termina descobrindo", contou.
Giácono disse ainda que, em um presídio com capacidade para 168 detentos, mas que possui uma lotação de mais de 300 presos, as tentativas de fugas são constantes. “Geralmente eles tentam serrar as grades, mas a gente sempre consegue evitar a tempo.
Os ferros para confeccionar armas, segundo contou o diretor, os presos retiram da cama de concreto. “Eles quebram o concreto e retiram o ferro para fazer armas de ponta que se tornará um perigo para a integridade física dos agentes penitenciários e deles mesmos durante briga”, contou.
Garota que matou e mutilou os pais idosos em Timon não é psicopata, diz laudo de sanidade mental
foto: reprodução
A garota que matou os pais a pauladas e mutilou-os com golpes de machado, serrote e facão, no município de Timon (MA) pode voltar á sociedade a qualquer momento. O laudo médico solicitado pela Defensoria Pública da comarca onde ocorreu o crime, que comprovaria a sanidade mental da acusada, mostrou que ela não é psicopata como todos pensavam devido aos requintes de crueldade e frieza com que matou os pais adotivos a pouco mais de dois anos. O crime aconteceu no dia 25 de abril de 2010 e chocou a cidade e os estados do Maranhão e Piauí.
Segundo o diretor da penitenciária Jorge Vieira em Timon, Francisco de Assis da Silva, a detenta ainda não foi julgada e será beneficiada devido ao excesso de prazo na prisão sem que houvesse manifestação da Justiça. A morosidade no julgamento de Ileusa, segundo o diretor, foi por conta do exame de sanidade mental realizado em São Luís e somente este ano foi entregue à Justiça em Timon.
A Defensoria Pública responsável pela defesa de Ileusa contesta o resultado, segundo o diretor, porque os médicos responsáveis pelo laudo não teriam respondido todos os quesitos formulados pela Defensoria. Por isso, a acusado foi encaminhada ao Centro de Assistência Psicossocial (CAPS), órgão de assistência psicológica da prefeitura de Timon. Porém, segundo o diretor, por lá também ficou comprovado que Ileusa não é psicótica, mas com pequenos distúrbios momentâneos de raiva.
“Por conta disso, a defensora que também é tutora de Ileusa já pediu à Justiça o relaxamento de prisão da acusada”, contou o diretor da Jorge Vieira.
A detenta é problemática e perigosa
foto: Edgar Rocha / portalrg.com
Francisco de Assis disse também que Ileusa é uma detenta problemática e perigosa. Assim que foi presa tentou se suicidar por três vezes, sendo que os agentes penitenciários tiveram de retirar colchões e roupas compridas dela temendo tentativa de enforcamento.
Por ser bastante agressiva com as companheiras de cela, a carceragem achou por bem deixa-la isolada das demais. Toma diariamente Diazepan e Fernegon, medicamentos usados para o seu suposto problema de saúde neurológico e mental.
Nos últimos meses, segundo o diretor, o comportamento de Ileusa não melhorou e ela continua cada vez mais agressiva. “As próprias colegas de prisão já me pediram a transferência dela (Ileusa) para outro presídio temendo o pior”, contou.
Diácomo disse que a acusada que ser sempre dominadora, quer estar sempre à frente de qualquer situação e não aceita as atitudes de liderança de qualquer das colegas de presídio. “Se algumas das meninas me chamam para reclamar de alguma coisa, ela já briga para saber do que se trata e acha que se está falando dela. É cheia de complexo e está sempre agredindo as demais”, contou, destacando ainda que Ileusa é problemática e muita perigosa.
É muito inteligente e tem capacidade de convencimento, diz o diretor
O diretor disse ainda que nos momentos de calma, Ileusa não demonstra qualquer insanidade e é bastante inteligente e com poder de convencimento. “Quem não a conhece é capaz de acreditar em qualquer coisa que ele inventar. Ileusa tem 4 filhos; um do primeiro relacionamento, cujo pai da criança não mora em Timon. Os outro três vivem com o outro pai que mora em Timon, mas o rapaz não permite que ela veja os filhos por uma questão de segurança. “Ela chega a se joelhar nos pés da defensora e implorar para ver os filhos. Mas a Justiça também não se manifesta a favor de Ileusa com relação às crianças, temendo que algo possa acontecer”, disse o diretor.
Entenda o caso
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Lineusa de Oliveira da Silva, de 26 anos, assassinou seus pais adotivos Joana Borges da Silva, de 104 anos, e Lourival Rodrigues da Silva, de 85 anos na casa da família, no bairro Vila Angélica, na cidade de Timon, no estado do Maranhão.
O crime bárbaro aconteceu na madrugada de domingo, dia 25 de abril de 2010 e chocou a população de Timon e da vizinha capital Teresina, no Piauí. O duplo assassinato teve grande repercussão pelo requinte de crueldade usado pela assassina, que, segundo a polícia tem problemas mentais.
A criminosa utilizou como armas para matar os pais, um machado, uma faca, um serrote e pedaços de pau. Segundo a polícia, o crime aconteceu após uma discussão entre a filha adotiva e o idoso que se recusou a dar dinheiro para que ela sanasse uma dívida referente a pagamento de dízimos atrasadas para uma igreja evangélica.
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Armas usadas para matar e mutila os pais, apreendidas no dia do crime / foto: reprodução
Para a garota, esse foi o motivo mais que suficiente para que ela matasse não só o pai, mas também a mãe idosa que vivia em cadeira de rodas e imobilizada em uma cama. Ela matou os pais a golpes de machado, faca e pauladas e não satisfeita com o feito, ainda decepou as mãos da idosa utilizando-se do serrote.
Ao ouvir os gritos, os vizinhos chamaram a polícia que chegou a tempo e efetuou a prisão da assassina em flagrante. Os corpos estavam totalmente dilacerados sobre as poças de sangue no chão da casa. Segundo testemunhas, ela já alimentava raiva dos pais pelo fato de viverem aconselhando-a a deixar aquela obsessão por dinheiro para dar para igreja evangélica.