Edgar Rocha
Bacharel em Comunicação Social (Jornalismo)_UFPI e graduado em Letras pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Pós-graduado em Comunicação e Linguagens (UFPI), com atuação na área de educação e no jornalismo impresso, on line, e no rádio. (86) 8836 6357 / 9966 9377
Menor é morta com tiro na cabeça por namorado, em Timon (MA)
Marcela Nayane, 14 anos incompletos
(morta com tiro na cabeça)
foto: Edgar Rocha
A violência no município de Timon, no Maranhão, agora impera também entre os menores de idade. Há pouco meses morre um menor de 17 anos que não tinha nada a ver com a confusão, dentro de um clube de festa por rival do colega da vítima que também estava na festa. Um outro crime recente, em que um rapaz é executado à queima roupa, no Vila do BEC, zona Sul de Timon, porque simplesmente "esbarrou" em uma mesa de bar quando se dirigia ao banheiro. Agora, neste domingo (17) outro homicídio bárbaro envolvendo um menor chocou os moradores do bairro Cidade Nova, também na zona Sul de Timon.
O 15º homicídio em Timon, no Maranhão, em menos de quatro meses do ano foi mais uma vez envolvendo um adolescente. A menor Marcela Nayane Alves dos Santos, de apenas 14 anos, foi morta com um tiro de revólver calibre 38, na cabeça, à queima roupa, disparado pelo próprio namorado, o também menor, que identificamos apenas pela inicial "G", de 17 anos. O crime aconteceu por volta das 10 h da manhã de domingo (17), na casa do acusado, localizada na Rua 10, Vila Cidade Nova, zona Sul de Timon. Após socorrida e operada, a garota veio a falecer na madrugada de segunda-feira (18) no hospital, por volta da 3h da manhã.
Segundo testemunhas, o crime foi por motivo passional após uma discussão entre os dois adolescentes, supostamente por ciúme por parte do rapaz que não aceitava se separar da vítima. Segundo algumas colegas de vizinhança da vítima, que pediram para não serem identificadas, Marcela já não tinha mais nada sério com o rapaz devido a pedidos da família pela má fama dele, mas ele não aceitava a separação.
Ainda assim, segundo o irmão da vítima, o frentista Antônio Alves, de 27 anos, que não continha as lágrimas, horas antes do crime o acusado ligou para ela chamando-a para a casa dele (acusado) que fica na mesma rua. “Ela certamente foi ao encontro dele, embora escondida, sem a permissão dos pais”, contou.
Minutos depois, ouviu-se um disparo, e, a garota ainda viva, agonizava com um tiro na cabeça. O irmão da vítima disse que ela foi socorrida com muito sangue derramada no chão e até massa cefálica. “A bala transfixou a nuca e saiu do outro lado, em um dos ouvidos”, contou ainda chocado com a barbaridade. A arma usada no crime, segundo ele contou teria sido supostamente a do pai do rapaz, que é militar, mas a versão ainda não foi confirmado pela polícia porque o acusado continua foragido.
Segundo os familiares, Marcela foi levada para o Hospital de Urgência de Teresina (HUT) e submetida a uma cirurgia, mas devido à gravidade do ferimento, a menor veio a falecer na madrugada de segunda-feira (18), por volta das 3h da manhã.
Segundo ainda o irmão da vítima, Marcela namorava o acusado há alguns meses, às escondidas, e o mesmo também morava na mesma rua dela. O namoro da adolescente era contra o gosto da família porque tinha-se notícias de que o rapaz era envolvido com malandros, tinha hábitos agressivos e era muito ciumento. “Ele tinha um ciúme doentio pela Marcela e vivia cobrando dela até pelo tipo de roupa que ela vestia”, contou o irmão da menor assassinada.
Segundo ainda Antônio Alves, que não continha as lágrimas, Marcela era uma garota dedicada à família, carinhosa, cursava a 8ª Série do Ensino Fundamental e tinha sonhos em terminar os estudos e ser alguém na vida. “O único erro dela foi se envolver com uma pessoa errada e isso é muito difícil de uma família controlar, quando uma adolescente é apaixonada”, relatou, acrescentando ainda que, às vezes, ela dava desculpas à família para se encontrar com o namorado, no começo do namoro.
No dia do crime, segundo testemunhas, faltavam apenas 12 dias para o menor atingir a maioridade. Na delegacia do menor em Timon, até a segunda-feira , a polícia ainda não tinha notícias do paradeiro do menor mas expediu uma notificação à mãe do mesmo para que o apresentasse o mais breve possível.