Justiça Eleitoral e coligações se mobilizam contra a corrupção no dia do pleito em Timon (MA)

Denúncias de tentativa de corrupção eleitoral no município de Timon, no Maranhão, deixam a Justiça Eleitoral e as coligações partidárias e partidos político em alerta para o dia das eleições. Dezenas de servidores, entre efetivos, aqueles cedidos de órgãos públicos e voluntariado já estão sendo mobilizados para trabalhar durante o pleito.
Segundo o juiz eleitoral da 19ª Zona Eleitoral deTimon, Josenilton Silva Barros, embora as eleições prometam ser agitadas, não foi necessário pedir reforço federal, segundo ele, porque Timon tem um histórico de eleições tranquilas, possui um batalhão da PM, policiais civis e Federais à disposição da Justiça Eleitoral prontos para agir nos casos de flagrantes de crime eleitoral.
O Juiz alerta para os crimes eleitorais mais comuns neste período, tanto na véspera como no dia das eleições. Dentre eles se destacam, a chamada boca de urna, a compra de votos e manifestação em grupo a favor de candidatos, assim como o transporte de eleitores por parte de candidatos, ou fornecimento de refeições para eleitores no dia do pleito. Esses crimes costumam ser reprimidos com prisão em flagrante. “Qualquer pessoa que presenciar esses atos pode denunciar no dia”, disse.
Alisson Dantas, chefe do cartório da 19ª Zona Eleitoral

foto:Edgar Rocha

De acordo com o chefe do cartório da 19ª Zona eleitoral, Alisson Martins Dantas, Timon foi dividido naszonas 19ª e 94ª, ambas abrangendo as áreas urbana e rural do município. Ao todosão 197 sessões, sendo 15 delas agrupadas. Ele disse que no dia das eleiçõesserão distribuídos supervisores de prédiosnos lugares de mais de uma seção, com exceção da Zona Rural que, ao todo, terá apenas 8 locais de votação.
Quatro técnicos em informática, terceirizados, com o auxílio de técnicos do TRE, irão fazer a manutenção das 182 urnas eletrônica disponibiizadas nas sessões, em caso de problema. Existem mais 26 urnas eletrônicas reservas para substituir qualquer delas na hipótese de defeitos. “Em caso de problemas, serão feitos todos os testes devidos, com cartão de memória (disquete), checagem do aplicativo, etc. para que possa ser feita a substituição. No caso de a urna substituta também não funcionar, é que será usada a urna de lona”, explicou.
A fiscalização da votação e das urnas ficará por conta dos partidos políticos e coligações, uma vez que os componentes das Mesas Receptoras de votos ( presidente, secretários e suplentes, mesários e substitutos) são voluntários.
Alisson explicou que nos locais de votação será permitida a colocação de até dois fiscais por coligação ou partido, e dois delegados de partido. Porém, apenas um fiscal de cada uma destas coligações terá acesso à parte interna da sessão. Já os delegados terão trânsito livre no interior das sessões. Qualquer irregularidade deverá ser lavrada em ata e comunicado ao juiz eleitoral responsável direto pela sessão.
Os Correios, devidamente escoltados pela polícia, serão os responsáveis pelo recolhimento das urnas transferência até a sede da Justiça eleitoral.

Partidos políticos temem fraude e corrupção eleitoral no dia do pleito

Um líder político, que achou por bem não se identificar, acredita que no dia 7 de setembro não será fácil evitar a fraude e a prática de crime eleitoral. Para ele, é importante que aqueles políticos que sedisponham a fazer um trabalho limpo, devem reforçar a sua fiscalização no que diz respeito a qualquer problema na Mesa Receptora, fiscalizar os trabalhos dos mesários nos livros de votação, fiscalizar o lacre da urna no final da votação assim como denunciar a boca de urna. " Digo isso, com base em experiências de eleições anteriores, e ainda mais agora que existe a denúncia de um vídeo em que candidato a prefeito tenta corromper candidato a vereador para contratar mil bocas de urnas, e ainda confessando que fizeram isso nas eleições de 2004 para garantir as eleições", destacou.