Dr. Valrian Feitosa

Edgar Rocha
Bacharel em Comunicação Social (Jornalismo)_UFPI e graduado em Letras pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Pós-graduado em Comunicação e Linguagens (UFPI), com atuação na área de educação e no jornalismo impresso, on line, e no rádio. (86) 8836 6357 / 9966 9377

Hediondo

A cidade de Timon tem sido referência em crimes hediondos em poucos meses. Há menos de um ano, uma jovem de 20 anos, supostamente com problemas mentais, mutilou os próprios pais a golpes de machado e facão. O crime teve grande repercussão pelo requinte de crueldade e o processo ainda tramita na Justiça maranhense podendo a garota até ser solta por excesso de prazo. Depois eu conta esta história...

Esta semana outro crime chocou a população de Timon e Teresina. Dois jóvens irmãos enterraram vivo o prório pai no quintal da casa, segundo a polícia, por motivos de herança.

confira  a matéria investigada por este repórter com faftos novos...

Análise do Instituto Médico Legal (IML) da cidade de Timon, no Maranhão, constatou que os estudantes Alexandre de Sousa Lopes, 18 anos, e o irmão Kleiton Sousa Lopes, 23, realmente enterraram o pai ainda vivo no quintal da própria casa, crime de grande repercussão, ocorrido no último dia 29 de dezembro na cidade de Timon, no Maranhão.
A informação é do delegado Ricardo Freire, titular da Delegacia de Homicídios da cidade maranhense, que, após depoimentos de algumas testemunhas, chegou à conclusão de que o motivo da morte da vítima talvez não tenha sido por discriminação e humilhações do pai contra os acusados, conforme eles disseram, pelo fato de serem homosexuais, mas, sim, por dinheiro.
Segundo Ricardo Freire, o corpo do aposentado por invalidez Antônio Carlos Lopes, de 53 anos, foi exumado do quintal de sua própria casa nesta quinta feira, dia 6, para exame cadavérico. O objetivo foi esclarecer as reais circunstâncias do crime que chocou a população. O legista, Dr. Joaquim, atual diretor do IML de Timon, constatou que havia resquícios de areia na traquéia e pulmões da vitima, o que prova que o senhor Antônio Carlos estava vivo e, enquanto agonizava para tentar escapar, aspirou areia até morrer sufocado.
A polícia chegou à conclusão de que o crime pode ter sido cometido por causa de dinheiro no decorrer dos depoimentos. Embora os filhos morassem debaixo do mesmo teto com a vítima e mãe, não dependiam da renda do aposentado que ganhava um salário mínimo. A casa funcionava como um grande negócio para a família, um “terreiro de Umbanda” que fazia trabalhos para várias pessoas que procurava por estes serviços.
Segundo o delegado, pelo depoimento, nesta sexta-feira dia 07, de uma testemunha identificada por Edilson, companheiro amoroso do Cleiton, um dos filhos da vítima, os acusados pelo crime chegavam a ter uma renda individual de cerca R$ 1.000,00 por mês. Eles dirigiam as sessões e chegavam a cobrar R$ 300,00 por cada trabalho.
Ricardo Freire disse que a vítima, Sr. Atônio Lopes, o fundador da casa de Umbanda não tinha mais condições de dirigir as sessões, pois tinha problema com alcoolismo, e, às vezes, causava baderna e expulsava todos das sessões. Os rapazes se aproveitaram disso e eram quem comandavam os trabalhos. Por isso, a polícia acha que o motivo do crime tenha sido por herança.


Entenda o crime


Segundo o delegado Ricardo, no último dia 24 de dezembro, os estudantes Alexandre de Sousa Lopes, 18 anos, e Kleiton Sousa Lopes, 23, premeditaram a morte do pai deles, o aposentado por invalidez Antônio Carlos Lopes, 53 anos. O crime só foi executado no dia 29 de dezembro da seguinte forma;
Alexandre e Cleiton administraram uma overdose dos medicamentos Diazepan e Carmamazepan, que o senhor Antônio usava constantemente por problemas neurológicos. Segundo o legista, esse tipo de medicamente é usado para pessoas que tem histórico de ‘depressão’ e ‘esquizofrenia’. Inclusive, segundo o delegado, o senhor Antônio tinha histórico de internações com estas doenças.
A superdose administrada pelos criminosos não matou a vítima, mas apenas a entorpeceu. Em seguida, os filhos do senhor Antônio, com a participação de um terceiro envolvido, identificado por João André Costa Rocha, 23 anos, cavaram uma sepultura e jogaram o corpo dentro, bem nos fundos no quintal, um pouco atrás da tenda de Umbanda que funcionava também no quintal.
O delegado Ricardo Freire disse que o local ficava difícil de ser descoberto, e só chegou ao conhecimento da polícia, porque os acusados, com pesos na consciência, resolveram contar o crime para um tio, identificado por José Lopes, irmão da vitima, e que resolveu chamar os policiais.
Os acusados foram indiciados por homicídio qualificado e ocultação de cadáver, e já foram transferidos da Delegacia de Homicídios para a penitenciária Jorge Vieira, no município de Timon.
O delegado disse ainda que pediu as prisões provisórias por 30 dias, enquanto são concluídas as investigações, podendo ser prorrogadas por mais 30, e depois transformada em preventiva enquanto aguarda os procedimentos da Justiça.