Dr. Valrian Feitosa

Prof. Naldo
Francinaldo de Sousa Bezerra. Graduado em História pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Pós-graduado em História do Brasil e professor da rede estadual de ensino no Piauí e Maranhão. Produtor de eventos, crítico político e cultural.

Governo do Maranhão propõe para educadores horas extras para cumprir jornada extraclasse

 

Diante da cobrança da direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproesemma) pela aplicação imediata da jornada extraclasse (1/3), conforme estabelece a Lei do Piso (11.738/2008), o secretário de Estado da Educação, Pedro Fernandes, sinalizou que o governo deve cumprir a medida, a partir de fevereiro deste ano, se os professores aceitarem fazer horas adicionais de trabalho remuneradas.

De acordo com o secretário, nesse primeiro momento, será ofertada ao educador a alternativa de permanecer com a mesma jornada em sala de aula, porém com remuneração extra da carga horária que ultrapassar a jornada prevista na Lei do Piso. Sem professores na rede para suprir a demanda provocada com a implantação da nova jornada, o governo justifica que a alternativa é uma medida para não prejudicar o sistema de ensino.
Em reunião, os diretores do sindicato avaliaram a posição do governo

O presidente do Sinproesemma, Júlio Pinheiro, avalia que a alternativa do governo para a implantação da jornada não deve ser uma imposição: “O professor não deve ser amordaçado pelo governo. Quem não desejar ultrapassar, pode cumprir apenas o que diz a lei”, afirma o sindicalista, que cobra imediata realização de concurso público para resolver o problema da falta de professores na rede.
Concurso

A direção do Sinproesemma defende que o governo realize concurso público anualmente, para suprir o déficit de professores. Levando em conta a redução da jornada de trabalho dos professores, em sala de aula, com a implantação da jornada extraclasse, assim como a grande quantidade de professores que estão próximos da aposentadoria, o concurso público torna-se uma necessidade urgente. “Se o governo não realizar certame público para preencher a carência de profissionais, a rede de ensino, em breve, deve entrar em colapso”, ressalta Pinheiro.
Correção do Piso

Outra cobrança do Sinproesemma feita ao governo é a correção de 7,97% nas remunerações dos trabalhadores, como foi anunciado pelo Ministério da Educação (Mec) para 2013. O sindicato já está elaborando a proposta de tabela com os vencimentos dos professores corrigidos para apresentar ao secretário de Educação. Após conclusão, a proposta será publicada no site do sindicato para conhecimento da categoria.
Fonte:SINPROESEMMA