Dr. Valrian Feitosa

Prof. Naldo
Francinaldo de Sousa Bezerra. Graduado em História pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Pós-graduado em História do Brasil e professor da rede estadual de ensino no Piauí e Maranhão. Produtor de eventos, crítico político e cultural.

Estudantes (Uesma, Ubes e a UNE) apóiam a greve dos professores no Maranhão.

 
                      Os representantes da União Estadual dos Secundaristas do Maranhão (Uesma), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes) e União Nacional dos Estudantes (UNE) lançaram, em conjnunto, uma nota em apoio à greve dos educadores da rede pública estadual.

NOTA OFICIAL


                      Observamos no Maranhão, o resultado de um projeto de governo que perdura por mais de quarenta anos (40), a oligarquia Sarney, responsável pela exclusão social do nosso povo. No setor educacional não é diferente essa forma atrasada e oligárquica de tratar a coisa pública que resultou na falência da rede estadual de ensino.
                      Diante da greve dos educadores que ocorre no Maranhão, manifestamos o nosso apoio ao SINPROESEMMA nesta luta para conquista e garantia dos direitos dos trabalhadores e pela educação de qualidade:
                      1. A greve é legítima com a sua pauta acertada em defesa dos direitos da categoria, principalmente na aprovação do estatuto do educador e no reajuste salarial;
                      2. A melhoria das condições de vida do trabalhador da educação resulta em fortalecimento da qualidade educacional;
                      3. A greve chama a atenção da sociedade, proporcionando um amplo debate sobre a qualidade do ensino público no estado. O sucateamento das escolas no Maranhão é visível, principalmente na infraestrutura;
                     4. Estamos à mercê de uma precarização do trabalho em educação através de várias formas, os professores que não dão aulas em suas respectivas matérias, fato comum nas escolas, prejudica a qualidade de ensino;
                     5. Vale lembrar que são históricos os ataques da governadora Roseana Sarney aos trabalhadores e estudantes por meio de projetos fraudulentos como o teleensino que substituiu os professores em sala de aula por televisões. Os professores e estudantes maranhenses durantes décadas estiveram sem o direito de acesso ao ensino médio, com somente 54 escolas em 217 municípios vivemos esta triste realidade fortalecida nos governos eleitos pelo grupo oligárquico com a sua representante maior passando pelo seu 4º mandato. Os dados divulgados em 2010, pelo INEP, demonstra que das 20 piores escolas do Brasil, segundo as notas do ENEM, cinco estão no Maranhão. Estando o Estado com o maior número de escolas entre as piores do país;
                      6. Os estudantes da rede pública quando passam no funil do vestibular para a UEMA encontram um retrato do sucateamento e precarização na estrutura e nas condições de trabalho dos professores e servidores da educação superior. A Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão – FAPEMA distribuiu bolsas para aliados da governadora Roseana Sarney sem ao menos estarem inscritos em alguma pesquisa ou programa de ensino;
                      7. É absurda a falta de interesse em resolver o impasse causado pelo próprio governo com a categoria, prejudicando milhares de estudantes no estado, fato demonstrado pelas palavras do chefe da casa civil, Luis Fernando, quando declarou que “a greve é boa para o governo porque economiza dinheiro”. O governo está empenhado em divulgar a mentirosa propaganda de normalidade na rede de ensino com o dinheiro do contribuinte;
                      8. Convocamos os estudantes, pais e a sociedade maranhense em geral para uma ampla jornada em defesa da educação e de apoio aos educadores como forma de pressionar o governo na solução urgente dos problemas da educação e na imediata aprovação do estatuto do educador.


União Estadual dos Secundaristas do Maranhão (Uesma)
União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes)
União Nacional dos Estudantes (UNE)