Dr. Valrian Feitosa

Prof. Naldo
Francinaldo de Sousa Bezerra. Graduado em História pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Pós-graduado em História do Brasil e professor da rede estadual de ensino no Piauí e Maranhão. Produtor de eventos, crítico político e cultural.

Dom Barreto é a 2° melhor escola do Brasil.

                                           O colégio Instituto Dom Barreto, de Teresina (PI), obteve a segunda melhor média entre todas as escolas do país no Enem 2010. Com 754,13 pontos, o Instituto Dom Barreto ficou atrás do Colégio São Bento, do Rio de Janeiro. Outra escola do Piauí, a Educandário Santa Maria Goretti, com média de 726,42 pontos, aparece como a oitava melhor colocada no país.


                                          Enem 2010 tem somente 13 escolas públicas entre as cem melhoresColégio de São Bento, no Rio, volta ao topo do ranking do Enem no paísEscola pública com melhor média no Enem é de universidade de MG Em 2006, o Dom Barreto foi a escola campeã do Enem. Mas, no ano seguinte, caiu para a 11ª posição no ranking e, em 2008, descendeu para a 15ª colocação. O colégio se recuperou há dois anos, ficando na segunda colocação na prova. Mas, após recurso de outro colégio, a instituição piauiense fundada em 1943 caiu para o terceiro posto.

                                        Novamente no pódio, o Dom Barreto atribuiu o bom resultado à popularização do Enem. Segundo Marcela Rangel, coordenadora pedagógica da escola, o resultado obtido pelo Dom Barreto é importante para “renovar a auto-estima do piauiense, que vê seu estado sendo reconhecido nacionalmente”.“Os próprios alunos têm consciência de que hoje [o Enem] é a principal forma de seleção na Universidade Federal do Piauí”, afirmou Marcela.

EVOLUÇÃO DA ESCOLA NO ENEM

ANO POSIÇÃO
2006 1º
2007 11º
2008 15º
2009 3º
2010 2º 
                               Segundo a coordenadora, além das provas do calendário oficial, os alunos realizam cerca de 12 simulados por ano no estilo do Enem. As provas são todas aplicadas de surpresa, para medir “o que sabem hoje, e não o que estudaram ou decoraram ontem”. Todas as semanas, eles fazem provas com 60 questões de múltipla escolha e, uma ou duas vezes ao mês, realizam uma com 90 questões, nos moldes do exame nacional.

                              Marcela explicou que o objetivo é acostumar os alunos a otimizarem a resposta dos exercícios, já que o curto tempo é um dos grandes desafios do Enem. Além disso, ela afirmou que aumentou a comunicação entre os professores e a interdisciplinaridade.

                            Os alunos, porém, também fazem outros tipos de provas, já que prestam mais de um vestibular, inclusive para a Universidade Estadual do Piauí (Uespi), que não usa notas do Enem. Segundo Marcela, a taxa de aprovação em vestibulares é de cerca de 90%.

                              O Instituto Dom Barreto é uma escola particular sem fins lucrativos. A mensalidade do Ensino Médio é de R$ 696, segundo a diretora da instituição, Maria Stela Rangel da Silva. Ela afirmou que, além dos 3.500 alunos do colégio – da educação infantil até o ensino médio –, a entidade ainda mantém a Escola Popular Madre Maria Bilac, um colégio totalmente gratuito para 600 alunos do bairro Satélite, um dos mais pobres de Teresina.

                            Cerca de 20% da renda do Dom Barreto é aplicada em bolsas de estudo para alunos do colégio particular e da escola popular. “Temos alunos de classe média alta, classe média, classe trabalhadora, é uma escola para todos”, disse Maria Stela.

                             Na sexta-feira (9), cerca de 20 ex-alunos do Instituto Dom Barreto, de Teresina (PI), fizeram uma visita ao antigo colégio. Hoje cursando o ensino superior, os jovens fizeram parte do grupo de 120 estudantes que realizaram a prova do MEC em 2010.

                             O colégio, localizado em Teresina, tem 40 anos de existência e cerca de mil estudantes matriculados. Para serem aceitos, os novos alunos, exceto os do ensino infantil, têm de fazer uma prova chamada de teste de sondagem para avaliar se possuem condições de acompanhar o ensino da unidade escolar. A maioria é retida nesta fase. Os estudantes do terceiro ano do ensino médio não são aceitos.

                           Antes da matrícula, a família do novo aluno também precisa ser entrevistada. “A escola exige bastante disciplina e dedicação. Precisamos garantir se é isto que a família busca”, diz a coordenadora pedagógica Amanda Leal.

                           Para Amanda, um dos segredos do bom resultado do Educandário é a baixa rotatividade dos alunos. “O Enem inaugura um novo tipo de avaliação, é uma preparação que leva muitos anos. Não é um trabalho de um ou dois anos. A maioria de nossos alunos começa na educação infantil e fica grande parte da vida escolar.”

                           As classes do ensino médio possuem, no máximo, 30 alunos em cada. De olho no vestibular, os alunos do terceiro ano têm aulas de reforço no contraturno escolar.

As mensalidades no Educandário Santa Maria Goretti custam entre R$ 598 (ensino infantil) até R$ 798 (ensino médio). Para as matrículas na educação infantil há lista de espera.

Fonte: G1