Edgar Rocha
Bacharel em Comunicação Social (Jornalismo)_UFPI e graduado em Letras pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Pós-graduado em Comunicação e Linguagens (UFPI), com atuação na área de educação e no jornalismo impresso, on line, e no rádio. (86) 8836 6357 / 9966 9377
Correia Lima pode ir a julgamento ainda este semestre pela morte de Castelinho
O ex-tenente coronel da PM, José Viriato Correia Lima, acusado de ser o chefe do crime organizado do Piauí poderá ser julgado ainda neste primeiro semestre de 2011 por mais um homicídio. Desta vez pela morte do engenheiro da antiga Cepisa, José Ferreira Castelo Branco, o Castelinho.
Segundo informou o promotor de Justiça, José Eliardo de Sousa Cabral, que atuou no último julgamento de Correia Lima no Tribunal Popular do Júri no crime dos queimados, o réu poderá ser incluído na próxima pauta do Tribunal por mais este crime bárbaro que chocou a comunidade piauiense e os familiares da vítima. No caso dos queimados, o réu foi condenado a 47 anos e seis meses de prisão e cumpre pena na Penitenciária Mista de Parnaíba.
Segundo inquérito da comissão Investigadora do Crime Organizado, na época, Correia Lima foi apontado como o mandante da execução do Castelinho atendendo ao pedido de uma prima, esposa da vítima (não citamos o nome para evitar constrangimento). O motivo, segundo a polícia, teria sido passional pois a acusada teria descoberto que o esposo estava tendo um caso com outra mulher e não suportara a traição. Para vingar, segundo o inquérito, ela teria pedido ao primo Correia Lima uma espécie de favor.
Segundo o Ministério Público, Castelinho foi executado com um tiro na nuca, em junho de 1999, quando fazia “Cooper” nas proximidades de sua casa no bairro Horto Florestal, zona Leste de Teresina. O crime teve grande repercussão e o José Enilson Couras, o Courinhas, que também é primo de Correia Lima, o Domingão, e o Soldado Moreira foram apontados como sendo os executores do homicídio.
Segundo ainda o promotor Eliardo Cabral, o ex-tenente coronel PM, Correia Lina, também será julgado possivelmente ainda este ano pelo homicídio do caminhoneiro “Gaúcho”, que foi morto em uma fazenda no município de Redenção do Gurguéia, região Sul do Estado.
“O gaúcho morreu de graça, porque estava no lugar errado e na hora errada”, disse Cabral, ressaltando que Gaúcho era um arquivo vivo, sabia muito sobre as atividades do bando de Correia Lima no roubo de cargas.
Este crime foi desvendado pela CICO assim que estourou o escândalo do dossiê do crime organizado, graças ao depoimento de um ex-capanga de Correia Lima, o Salvador dos Santos, que resolveu cooperar com as investigações em troca de proteção e do benefício da ‘delação premiada’.