Edgar Rocha
Bacharel em Comunicação Social (Jornalismo)_UFPI e graduado em Letras pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Pós-graduado em Comunicação e Linguagens (UFPI), com atuação na área de educação e no jornalismo impresso, on line, e no rádio. (86) 8836 6357 / 9966 9377
Consumidor insatisfeito com o preço do gás de cozinha
foto: Edgar Rocha
A Agência Nacional de Petróleo (ANP) forçou o aumento do preço do gás liquefeito de petróleo (GLP), o popular gás de cozinha, e proibiu a comercialização do produto em pequenos postos por não terem autorização.
A proibição ocasionou um aumento exorbitante de 11,4% no preço do botjão de 28kg, em Teresina(PI) e Timon (MA) que passou de R$ 35,00 para R$ 39,00. Além do aumento, o consumidor só pode comprar agora diretamente do distribuidor autorizado.
De acordo com gerente comercial da distribuidora Supergasbras,Eliomar Feitosa, a Agência Nacional de Petróleo vem se reunindo, por região, com distribuidores de gás de cozinha para determinar a nova medida, que obedece à Lei 8.176/91 que proíbe a comercialização do produto em postos não autorizados. “O distribuidor só poder vender agora para o consumidor final se tiver o Certificado de Autorização de Posto Revendedor de GLP”,disse destacando ainda que só podem abastecer outro comerciante que também tiver o certificado de autorização.
Dentre outros fatores, a Lei tem por objetivo fazer valer as normas de segurança e evitar irregularidades na comercialização do produto. Quem desobedecer, segundo Eliomar, está sujeito à pena de reclusão de 1 a 5 anos, a multa de R$ 28 mil e ao fechamento do estabelecimento caso seja flagrado na irregularidade.
A fiança para responder o processo em liberdade é de R$ 4 mil, segundo o gerente comercial da Supergasbras. A fiscalização é feita por fiscais da ANP acompanhados de agentes da Polícia Federal e representantes do Ministério Público Federal.
A reunião da ANP com distribuidores de gás GLP aconteceu no final do último mês de abril em Teresina, após terem se reunido em São Luis do Maranhão. “Para não arriscar a uma penalidade desta, já estamos cumprindo a norma e já recolhemos todos os botjões dos postos para os quais distribuíamos”, disse.
A nova medida não agradou alguns consumidores por causa do aumento abusivo no preço do botjão, que passou de R$ 35,00 para $R 39,00. Dona Aracangela, moradora do bairro Promorar, zona Sul de Teresina, considerou o aumento absurdo uma vez que o gás de cozinha é um produto básico para a manutenção da casa assim como é a água e a energia elétrica. “O salário da gente não aumenta assim, mas a gente é obrigada a aceitar isso porque não há onde recorrer”, desabafa.
O aposentado Antonio Francisco, morador do bairro Parque Piauí em Timon, acha que a medida é válida porque existem pequenos comerciantes que abusam no preço do produto. “Antes desta medida, a gente já encontrava preços do gás de todos os tamanhos. Aqui em Timon, tinha comerciante que vendia a R$ 35, outros a R$ 37 e, às vezes, até mais, dependendo do comércio”, contou.
Para os distribuidores, a medida é louvável porque com a centralização das vendas em postos autorizados evitam-se fraudes e problemas de falta de segurança no manuseio do produto. “Aqui geramos mais emprego porque contratamos novos entregadores e o consumidor vai receber o produto direto em sua casa, bastam telefonar e pedir”, disse um distribuidor que pediu para não ser identificado, destacando ainda que o aumento determinado pela ANP é por conta destes investimentos.