Informalho: Jotta Rocha
Jotta Rocha. Jornalista e escritor, com ampla experiência nas redações de jornais, revistas e emissoras de rádios de Teresina e interior do Piauí e Maranhão
"Azar" ou falhas administrativas: agosto cresce nº homicídio, IML em pane, Segurança Zero
Má sorte em desfile com o "azar" se urbanizam nesse início de agosto, em vários níveis sociais tem-se observado ações de imprudência na negligência de administrar o viver; chamo à atenção, inicialmente, ao setor Segurança Pública, hoje muito aquém do papel constitucional, em que a população, involuntariamente, algema-se ao crescimento da violência em sí com alto índice de homicídio e latrocínio que nos primeiros dias do "Mês do Azar" supera todos os levamentos de especialistas: 92 corpos passaram, nos primeiros 10 dias de agosto, pelo Instituto de Medicina Legal-IML, em Teresina - média 9.2/dia.
Sem contabilizar casos de lesões, exames de corpo delito, o já ultrapassado IML encontra-se superlotado de problemas com carência de equipe (16 médicos legistas), equipamento desgastado e sem manutenção (fala-se de pane no "geradeirão" o que obriga a liberação urgente de corpos). Azar ou falha administrativa? nem Freud explica. No subúrbio crescente a onda de violência aquecida com uso e tráfico de droga, exploração de menores - os pequenos comerciantes enjaulam-se -, mas "os artistas" do crime partem para ataque aos médios e grandes comerciantes, postos de combustíveis, caixas eletrônicos e, empresas públicas (ex: Correios/Bancos) e privadas (Farmácias...) que mesmo utilizando empresas de Segurança são frágeis diante do poderio de "fogo" dos criminosos.
No primeiro final de semana do mês de agosto, o IML registrou 23 casos, sendo 11 praticados por instrumento de perfuro contundente (bala) e/ou arma branca. Vítimas de faixa etária diferente, nível social e, como de profissão distintas - PM, agente de Segurança também entra no "Carro Tumba" e visita a pedra fria do IML; nos três primeiros dias da 2ª semana de agosto os números mantém-se: casos de enforcamento (detento), afogamentos, familiar (esposa mata o próprio marido - e diz ser doente mental).
Se acompanharmos os casos das estradas, certamente o espaço ficariam mais apertado. E, o direito constitucional da Segurança Pública? fica em movimento paredista de delegados, em ação de "Polícia Legal..." dos PM's - castrados do direito de greve, fazem essa movimentação denunciando ilegalidades no uso de viaturas (falta equipamento de segurança, não dispõe de registro no Detran), capacitação do condutor. Ou seja, é uma ilegalidade completa dentro da própria Segurança.
No ilustrativo, Teresina está sem espaço físico para acolher (enterrar) seus mortos. Cemitérios superlotados e, a municipalidade com toda sapiência quando abordada sempre destaca: "estamos avariando várias áreas...", alegre estão os chamados "papa-defuntos", o comercio tá rendendo.
E, para ficarmos mais sedados, em agosto fez 1 mês que está em vigor as alterações do decreto-Lei Nº 3.689 de 1941 - Código de Processo Penal/CPP pelas normas do decreto-Lei 12.403, relativo à prisão processual, fiança, liberdade provisória e demais medidas cautelares que colocou em liberdade mais de 100 detentos no Piauí - 60 por cento só em Teresina. E, a população fica sem Segurança e PM's e delegados sem ação. Azar ou falhas administrativas???