Prof. Naldo
Francinaldo de Sousa Bezerra. Graduado em História pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Pós-graduado em História do Brasil e professor da rede estadual de ensino no Piauí e Maranhão. Produtor de eventos, crítico político e cultural.
Assembleia Geral dos professores paralisa Teresina
Comissão de professores negocia no Karnak e trabalhadores em educação param o centro de Teresina.
Os Trabalhadores em Educação Básica no Piauí, em greve há mais de dois meses, fizeram uma Assembleia Geral, no acampamento dos trabalhadores montado ao lado do Karnak, nesta quinta-feira (3), ao mesmo tempo em que uma comissão do movimento, composta pela presidenta do Sindicato dos Trabalhadores da Educação no Piauí (SINTE-PI), Odenir Silva, pelo presidente da Central Única dos Trabalhadores no Piauí (CUT), Manoel Rodrigues, pelo Vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Milton Canuto, pela Secretária Geral da CNTE, Marta Vanelli e pelo representante de base da categoria, Alisson Ferreira, e representantes do Ministério Público se reuniam com o governo Wilson Martins, apresentando os dados que comprovam a viabilidade do governo Wilson Martins pagar o Piso Nacional do Magistério, pois os recursos do FUNDEB são suficientes para que a Lei seja cumprida pelo governo.
A secretária geral do CNTE, Marta Vanelli, destacou que em reunião na semana passada, em Brasília, com o Ministro da Educação, Aloizio Mercadante, foi exposto por este, os recursos repassados mensalmente pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB) para todos os estados, incluindo os recursos extras para os estados que alegam não ter capacidade de pagar o Piso Nacional do Magistério.
A presidente do Sinte Piauí, Ondenir Silva, levou para a reunião o extrato da conta em que o governo recebe os recursos para a educação no Piauí. “Nesse extrato vemos que o governo recebeu R$ 22 milhões a mais para o pagamento do piso dos professores, mas isso não o fez. Só neste mês de abril, somando os recursos do Fundeb e outros recursos destinados a educação, se somam mais de R$ 70 milhões”, informou Odenir, acentuando que os Trabalhadores em Educação Básica no Piauí só acabarão com a greve quando o governo, assim como fez a prefeitura, conceder o 22% de aumento linear para toda categoria. “A Lei do Piso diz que o governo deve valorizar principalmente a carreira dos professores. A prefeitura percebeu o recurso extra que veio para sua conta e concedeu aumento de 24%, e o governo que também recebe este recurso deveria fazer o mesmo, mas eles não cumprem a lei”.