Edgar Rocha
Bacharel em Comunicação Social (Jornalismo)_UFPI e graduado em Letras pela Universidade Federal do Piauí (UFPI). Pós-graduado em Comunicação e Linguagens (UFPI), com atuação na área de educação e no jornalismo impresso, on line, e no rádio. (86) 8836 6357 / 9966 9377
Afronta à Justiça Eleitoral. Vídeo flagra candidato tentando comprar votos e apoio político em Timon
A esposa do candidato a vereador Dr.Torquato, Carolina Fonseca, mais conhecida por Carol, resolveu denunciar uma tentativa de compra de votos e apoio político do candidato majoritário a prefeito de Timon, Edivar Ribeiro (PMDB).
Segundo informações da assessoria jurídica da coligação “Timon é daqui pra Frente", liderada pelo candidato a prefeito Alexandre Almeida (PSD), que divulgou o vídeo no horário eleitoral na TV, Carol vinha sendo assediada nos últimos dias a intermediar a compra de apoio político e de votos do marido. ”Então ela resolveu gravar um vídeo com duas tentativas de compra pelo candidato Edivar Ribeiro, uma no dia 26 e outra no dia 27 de setembro”, contou o assessor jurídico João Santiago.
O vídeo foi divulgado no horário eleitoral gratuito na TV no programa da coligação do candidato Alexandre. Da parte de Edivar, procuramos falar com a cúpula mas não obtivemos êxito. Os mais leigos da oposição disseram que tudo não passa de armação.
O vídeo divulgado fala por si só e está postado no youtube no endereço PROG_ALEXANDRE_01_09_05_19 para quem quiser ver. Veja mais abaixo o vídeo postado referente a parte que foi divulgada no horário eleitoral gratuito desta segunda feira (1º) de outubro.
Segundo Santiago, Edivar Ribeiro teria oferecido primeiramente R$ 20 mil e na segunda, R$ 30 mil para obter o apoio e os votos do candidato Dr. Torquato, que, segundo o advogado, é um dos mais bem cotados candidatos a vereador, a ganhar uma cadeira na Câmara Municipal de Timon.
Para o assessor, isso é uma verdadeira afronta à Justiça Eleitoral que proíbe terminantemente a compra de votos, ou o abuso do poder econômico para obter vantagens em processo eleitoral. “Vamos entrar hoje mesmo com uma representação no Ministério Público Eleitoral denunciando o fato”, disse o assessor.
Perguntei aos assessores sobre a veracidade do vídeo, eles confirmaram a autenticidade e ainda admiraram a coragem da denunciante, que mesmo não sabendo o que pode vir pela frente, denunciou o fato.
A menos de uma semana das eleições municipais, muita coisa está por vir até o dia do pleito em Timon que promete ser uma dos mais agitados do Maranhão. Segundo apuramos, Timon ficou fora das 17 cidades maranhenses que vão receber reforço de forças federais. Há que diga que o clima no dia das eleições em Timon não irá ser tão pacifica o quanto se possa imaginar.
CHAMAMOS A ATENÇÃO QUE NOSSO TEXTO É IMPARCIAL, NÃO SENDO A FAVOR DE CANDIDATO A OU B, MAS MERAMENTE POR AFRONTAR A JUSTIÇA ELEITORAL QUE ZELA PELA DEMOCRACIA DO SUFRÁGIO E PELA LISURA DO PLEITO PARA QUE NENHUM CANDIDATO ABUSE DO PODER ECONÔMICO EM DETRIMENTO DOS DEMAIS.
VEJA O VÍDEO CAPTADO DO YOUTUBE, NA ÍNTEGRA, COM O FALATÓRIO DO ALEXANDRE
foto: reprodução
No final da tarde desta segunda-feira, 1º, a assessoria jurídica da Coligação “Timon é daqui pra frente” entrou com representação criminal no Ministério Público Eleitoral da 19ª zona eleitoral contra o candidato da coligação “Para o trabalho continuar”, Edivar de Jesus Ribeiro, pela prática de crime eleitoral.
O promotor de justiça Fernando Meneses recebeu a representação das maõs do advogado Daniel Leite, da coligação "Timon é daqui pra frente".
Segundo os assessores, a prática flagrada se enquadra no artigo 299 do código eleitoral, que caracteriza como crime o ato de: dar, oferecer, promover, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou promover abstenção, ainda que a oferta não seja aceita. A pena estipulada para a condenação nesse tipo de crime, segundo os advogados, é reclusão de até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa.
“Estamos pedindo ao Ministério Público, que proponha a competente denúncia criminal contra o referido candidato, cuja condenação poderá resultar na pena de reclusão de até quatro anos, mais pagamento de cinco a quinze dias-multa”, explica Daniel Leite, assessor jurídico da coligação “Timon é daqui pra frente”.
Além da representação no Ministério Público, a coligação vai entrar com ação de investigação judicial na Justiça Eleitoral. “Além dessa representação criminal eleitoral, a coligação irá propor ação de investigação judicial eleitoral para apuração do crime de abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio, que poderá resultar na cassação do registro ou diploma do candidato”, conta Daniel Leite.